Do lado de fora de um bar na amontavam para ver no telão a seleção jogar contra a Sérvia.
Para almoçar em paz, o pré-candidato a governador João Doria (PSDB) dispensou a mesa montada no meio do público e assistiu ao primeiro tempo em um camarote, concentrado e silencioso.
Tomando refrigerante dietético e comida de boteco com talheres de plástico, o ex-prefeito só vibrou quando o Brasil marcou o primeiro gol. Aí se levantou, ergueu os braços e assessores correram para fotografá-lo. Em instantes, a imagem estava nas redes.
Convidado para o evento, organizado por Fabio Lepique, o ex-governador e pré-candidato a presidente da República Geraldo Alckmin (PSDB) não compareceu.
Mandou um vídeo de agradecimento ao lado dos netos, uma delas no colo, e a mulher, Lu. "Hoje eu estou aqui com o eleitorado familiar", explicou, sorrindo.
"Que jogo coxinha”, disse um aliado ao entrar no camarote. Voltou minutos depois com um chope na mão. Os tucanos Floriano Pesaro e Jorge Damião entraram no ambiente, espiaram calados e saíram.
Escolhido para ser o candidato a vice na chapa de Doria, o deputado Rodrigo Garcia (DEM) estava dentro da sala, escura e silenciosa, ao lado do secretário municipal de Transportes, João Octaviano (DEM). Alguém chegou atrasado e reclamou do trânsito na capital paulista, que parou antes do jogo.
"A culpa é dele", disseram em tom de brincadeira, apontando para Octaviano, que riu.
Doria vestia a sua camisa azul da seleção personalizada com seu nome, o slogan Acelera e o número 45, do PSDB. No intervalo, circulou pelo bar e se acomodou na mesa reservada para ele, o prefeito Bruno Covas (PSDB) e o filho, Tomás.
Enquanto os 400 convidados lamentavam as bolas perdidas pelo atacante Neymar, Doria permaneceu silencioso, atento ao jogo. Vibração apenas na hora do segundo gol.
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