Descrição de chapéu Eleições 2018

Quero ser governador para ajudar Lula a governar o país, diz Marinho

Em convenção, candidato do PT ao governo de SP chamou Doria de 'pinóquio'

Marco Rodrigo Almeida
São Paulo

Preso em Curitiba, o ex-presidente Lula foi o principal nome da convenção do PT em São Paulo que oficializou a candidatura de Luiz Marinho ao governo do estado. Na ocasião também foram apresentados os candidatos do partido ao Senado, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto.

Lula foi mais citado e louvado que qualquer outro político presente no evento. Em todos os cartazes e discursos havia referências ao ex-presidente, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Militantes reafirmaram que Lula ė um preso político, condenado injustamente, e confirmaram a intenção do partido de lançá-lo como candidato à Presidência.

Da esq. à dir., os candidatos Eduardo Suplicy (Senado), Luiz Marinho (governo de SP) e Jilmar Tatto (Senado) e o ex-prefeito Fernando Haddad, coordenador do programa de governo de Lula
Da esq. à dir., os candidatos Eduardo Suplicy (Senado), Luiz Marinho (governo de SP) e Jilmar Tatto (Senado) e o ex-prefeito Fernando Haddad, coordenador do programa de governo de Lula - : Júlio Zerbatto/Futura Press/Folhapress

No início da convenção, Ana Estela Haddad, mulher do ex-prefeito Fernando Haddad, leu uma carta enviada por Lula para a cerimônia em apoio aos candidatos de São Paulo.

"Eu queria neste momento olhar nos olhos de cada um de vocês, queria abraçar esses três guerreiros do povo paulista e brasileiro", afirmou o ex-presidente, referindo-se a Marinho, Suplicy e Tatto.

"Aqueles que ajudaram a chocar o ovo do pato amarelo, os que traíram o voto de 54 milhões de brasileiros", escreveu Lula, "não são dignos, não nos representam e não conseguiram nos derrotar".

A mensagem foi concluída sob fortes aplausos dos militantes.

Coordenador do programa do PT à Presidência, Haddad iniciou sua fala homenageando Lula. "Ele está com a mesma energia de sempre, ou ainda mais. Tem consciência histórica de por que está num cubículo de 15 m quadrados."

Depois, dirigindo se a Marinho, Haddad fez críticas a João Doria, candidato do PSDB que lidera a disputa pelo governo de São Paulo. Doria venceu Haddad em 2016 na corrida pela prefeitura de São Paulo.

"Marinho, você vai ter uma missão, meu querido. Derrotar o Doria e tirar o PSDB do governo", falou Haddad. Os tucanos estão no comando do estado desde 1995.

Após mais de duas horas de cerimônia e manifestações de inúmeros líderes sindicais e representantes de movimentos, Marinho iniciou seu discurso com seguidos gritos de Lula livre e pedindo palmas para as crianças.

Marinho afirmou que o principal objetivo de sua candidatura é levar a candidatura de Lula a todos os lares de São Paulo.

"Vamos ganhar os corações e as mentes dos paulistas. Quero ser governador para ajudar Lula a governar o Brasil, para o Brasil ser feliz de novo."

O petista diz que pretende trazer bem-estar e qualidade de vida aos paulistas, algo que o PSDB, avalia, não fez nas últimas décadas. "Os tucanos não gostam de pobre, só da elite."

Marinho prometeu fazer da educação de São Paulo um exemplo para o mundo, através da reestruturação das escolas e da valorização de professores.

"Em quatro anos, vamos dobrar o piso dos professores, escrevam aí."

Ao final do discurso, conclamou os militantes a saírem da convenção com sangue nos olhos e alegria no coração. "Vamos vencer os tucanos, os de plumas originais ou disfarçadas."

Lançou então críticas aos adversários. Referiu-se ao governador Márcio França (PSB) como um tucano de plumagem rosa, "também responsável pela herança maldita do PSDB".

Paulo Skaf (MDB) é "o homem do pato, que fez o país inteiro de pato".

A Doria chamou de "mentiroso, homem sem palavra, pinóquio". "Não vamos deixar que repita as mentiras que usou na campanha de 2016. É  um produto de marketing."

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