Após apresentar apenas um resumo de diretrizes, o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, começou a detalhar seu plano de governo nesta sexta-feira (31).
A empresários cearenses, o tucano detalhou nove propostas para o Nordeste e disse que mandará para a região a primeira brigada de 5.000 homens e mulheres que comporão a guarda nacional que se comprometeu a criar. A região lidera os números de homicídio por arma de fogo.
O candidato participou de um evento promovido pela FIEC (Federação das Indústrias do Ceará). Foi tratado como “presidente” pelo empresário Beto Studart, presidente da federação, e ouviu dele felicitações por ter feito aliança com o centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD).
A presença do grupo é justamente um dos principais motivos de críticas a Alckmin, já que os partidos integrantes têm alvos da Lava Jato e alguns grande apetite por cargos.
Diante dos empresários, Alckmin se comprometeu a criar e patrocinar hubs de inovação, e criar dois fundos para financiar pesquisa, inovação e startups.
O presidenciável propôs fortalecer 40 cidades médias da região com oferta de bens e serviços públicos como água, saneamento, energia, banda larga, saúde, educação e segurança.
Na lista de promessas também foi incluída a de dobrar a base de clientes de microcrédito do Banco do Nordeste, chegando a 4 milhões.
Ao propor a criação de um instituto de água para a região e o estabelecimento de programas para garantir segurança hídrica, Alckmin lembrou a crise enfrentada em São Paulo em 2014, pauta que provocou saia justa ao tucano durante a disputa pela reeleição ao governo estadual naquele ano.
“Passamos em São Paulo por uma seca brutal. Passamos um aperto e a torcida para não chover era grande porque era ano de eleição, mas o povo é um bom juiz. Com toda essa confusão da crise hídrica, ganhei no primeiro turno a eleição”, disse Alckmin.
O tucano afirmou que pretende explorar o potencial eólico e solar da região e investir em transmissão de energia.
Na área de infraestrutura, Alckmin disse que não vai prorrogar concessões, fazendo novas licitações, e se limitou a prometer apoio a investimentos de projetos na região: saneamento, rodovias, ferrovias, linhas de transmissão, além de hubs aéreos e portuários.
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