A senadora Simone Tebet (MDB) anunciou neste domingo (12) que não vai concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul.
Ela havia assumido a candidatura ao governo no dia 29 julho, dez dias após a prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB).
Em carta enviada ao diretório local do MDB, a senadora alegou que atendeu aos apelos da família ao desistir de ser candidata.
Com a decisão, o partido decide se apontará outro candidato próprio ou vai apoiar o procurador de Justiça licenciado Sérgio Harfouche (PSC), que ocupava o posto de candidato a vice na chapa de Tebet.
A candidatura de Tebet foi lançada como um plano B do partido, cujo candidato era André Puccinelli, governador de Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2014.
Ele foi preso preventivamente no âmbito da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvios de R$ 235 milhões em obras estaduais. Seu filho, André Puccinelli Júnior, também foi preso. A defesa de ambos nega irregularidades.
Puccinelli já havia sido preso em novembro do ano passado, mas foi solto após passar menos de um dia na cadeia. Ao requerer a nova prisão, o Ministério Público Federal apontou que o ex-governador e seu filho tentaram esconder documentos em uma quitinete na periferia de Campo Grande.
A princípio, a estratégia do MDB era manter a candidatura de Puccinelli, repetindo a que o PT tem usado em relação ao ex-presidente Lula. Ao contrário do ex-presidente, Puccinelli não possui condenação em segunda instância e poderia disputar as eleições mesmo dentro da cadeia.
A mudança de planos, dizem aliados, partiu do próprio Puccinelli, que optou por indicar um outro nome para disputar o governo do estado.
Para as eleições deste ano, o MDB havia firmado uma coligação com nove partidos para disputar o governo de Mato Grosso do Sul.
O novo nome escolhido para a disputa enfrentará nas urnas o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que disputa a reeleição, o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT), além de Marcelo Bluma (PV), João Alfredo (PSOL) e Humberto Amaducci (PT).
Ao todo, o MDB terá 12 candidatos a governos estaduais, menor número desde a retomada do voto direto nos estados em 1982.
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