Descrição de chapéu Eleições 2018

Em Campinas, Haddad associa o tucanato ao PCC

Presidenciável defende saída do PSDB após 24 anos no governo de São Paulo

Campinas

Candidato do PT à Presidência, o ex-prefeito Fernando Haddad afirmou nesta terça-feira (25) que a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) é uma das marcas da administração do PSDB no estado de São Paulo.

Ao lado do candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Luiz Marinho, Haddad defendeu a renovação do governo, sob o argumento de que, após 24 anos, os tucanos não estão fazendo nada certo.

“Vocês conseguem falar uma marca do governo tucano nesses 24 anos?”, perguntou ele aos militantes que lotaram a praça diante da Catedral Metropolitana de Campinas (SP).

Candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT) cumpre agenda de campanha em Campinas
Candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT) cumpre agenda de campanha em Campinas - Catia Seabra/Folhapress
 

Após ouvir e repetir as manifestações dos simpatizantes, como pedágio, merenda e construção de presídio, Haddad disse que por isso que os paulistas são lembrados no resto do Brasil.

E acrescentou:
“Vocês se esqueceram de outra coisa pelo qual eles se lembram no resto do Brasil. São três letrinhas: PCC”, discursou.

Segundo colocado na corrida presidencial segundo o Ibope, Haddad  afirmou, em entrevista, que há um caminho longo até o segundo turno.

“Pode não parecer. Mas dez dias, no momento atual, é muito tempo”.

Sobre um palco improvisado no centro de Campinas, Haddad recomendou que os militantes não “entrem na onda da pesquisa” e afirmou que os adversários vão fazer de tudo para atrapalhar o campo progressista nas eleições.

Na chegada ao ato, Haddad foi instado a comentar a campanha de Geraldo Alckmin, que tem vinculado a hipótese de sua eleição à crise na Venezuela.

Em resposta, Haddad lembrou os anos de governo petista. E disse que quem rompeu o pacto democrático no Brasil, apoiando o impeachment de Dilma Rousseff e o governo Temer, foi o PSDB. E os tucanos deveriam se explicar.

Sem citar o primeiro colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), Haddad ressaltou a importância das próximas eleições.

“Ditadura, não. Está errado. Violência, não. Intolerância, não”.

Ao discursar minutos antes, Marinho pediu empenho pelo voto no PT.

“Devemos isso ao Lula. Devemos isso a dona Marisa Letícia, que foi assassinada por pressão psicológica”, apelou.

Outro lado

Em nota, o presidente estadual do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias, criticou as declarações do candidato petista.

"Infelizmente, não se pode esperar muito de Haddad, que foi expurgado da Prefeitura de São Paulo após uma gestão mal avaliada e frequenta a cadeia em Curitiba em busca de orientação político-eleitoral. Ao contrário dele, o PSDB não bate palmas para criminosos e nem São Paulo o faz. Talvez por isso o PT venha perdendo as eleições para presidente em São Paulo há tantos anos", diz trecho da nota. 

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