Descrição de chapéu Eleições 2018

Em comício, Haddad interrompe canto em seu nome e exalta legado de Lula

'Lula resolveu entrar em campo com o time dele que somos nós', afirmou o substituto do petista

Ana Luiza Albuquerque
Rio de Janeiro

Em seu primeiro comício como candidato do PT à Presidência, na noite desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, Fernando Haddad apresentou-se como parte do "time" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou para substituí-lo na disputa após ter a candidatura negada.

No início do discurso, Haddad foi rápido ao interromper a militância que gritava "Ole olá, Haddad lá", puxando o canto "Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo". Foi assim, também, que finalizou sua fala (com o adendo "Lula livre!").

"Lula resolveu entrar em campo com o time dele, que somos nós", afirmou. Segundo Haddad, o ex-presidente entende que encarna uma ideia, que é um time e que a equipe entrou em campo com outra escalação.

"Não é Haddad e Manuela [D'Ávila, sua vice] que estão na chapa. São 40 anos de militância para mudar esse país."

Haddad disse que decidiu ajudar porque acredita no que Lula representae ressaltou que, em três dias de campanha, sua chapa alcançou o segundo lugar nas pesquisas.

Pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira (10), um dia antes da oficialização da candidatura de Haddad no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mostrava que o petista tinha 9% das intenções de voto. Novo levantamento, publicado nesta sexta (14), indica que Haddad subiu para 13%.

Em sua fala, o candidato também afirmou que mexeram com o "cara" errado, o partido errado e o povo errado, e que "vão se dar mal nessa eleição por tudo que planejaram de maldade".

Repetindo discurso tradicional de Lula, Haddad disse, ainda, que parte da sociedade ficou incomodada com a ampliação do acesso dos mais pobres às universidades e aos aeroportos. 

Segundo o candidato, eles queriam um Brasil mais parecido com Miami, com uma senzala à disposição. "Isso que eles pensam da vida. A gente falou não. Não vai ter mais casa grande e senzala."

E fez uma ressalva, em aparente aceno ao empresariado com quem Lula dialogou: poderia até haver gente rica "ganhando grana, fazendo empreendimento", mas não pobreza extrema. 

Também estiveram no ato Manuela D'Ávila, sua vice, Marcia Tiburi, candidata do PT ao governo do Rio, e Lindbergh Farias, candidato do PT à reeleição no Senado, entre outros nomes do PT e do PC do B. 

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