A Folha teve acesso a registros inéditos dos policiais federais que monitoraram ligações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2016.
Em 16 de março de 2016, quando o juiz Sergio Moro mandou interromper a escuta dos telefones do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as operadoras levaram algumas horas para cumprir a ordem e a Polícia Federal continuou gravando suas conversas.
A Folha analisou, em em parceria com o site The Intercept Brasil, resumos produzidos por agentes da PF sobre 22 conversas grampeadas após a interrupção da escuta.
Essas conversas colocam em xeque a hipótese adotada na época por Moro, de que a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, em 2016, tinha como objetivo travar as investigações sobre ele, transferindo seu caso de Curitiba para o STF.
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