Empresa de senador cassado compra mansão em que moraram Dilma e Dirceu

Imóvel que abrigava ministros foi alienado pelo governo federal por R$ 10,8 milhões

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Brasília

O Ministério da Economia vendeu por R$ 18 milhões dois imóveis na Península dos Ministros, área do Lago Sul, em Brasília, na qual moram integrantes da alta cúpula do governo, do Legislativo e do Judiciário.

O mais caro foi arrematado por R$ 10,8 milhões pela Bricco Construções.

A empreiteira pertence ao grupo empresarial controlado pela família do senador cassado Luiz Estêvão, atualmente preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, por desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

 

A casa de 660 metros quadrados foi erguida em terreno com 1.800 metros de área. Nela, já viveram a ex-presidente Dilma Rousseff e os também ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann.

A outra mansão foi arrematada por Eliane Aparecida Agatti dos Santos, empresária do setor de educação, por R$ 7,2 milhões. Tem 406 metros quadrados, em lote de 1.548 metros de área.

Abrigou ex-ministros das Relações Exteriores, como Antônio Patriota, Celso Amorim, Celso Lafer e Luiz Felipe Lampreia. 

Para fazer a venda, o governo abriu uma concorrência pública. Os valores oferecidos pelos compradores foram 44% superiores à avaliação mínima estabelecida no edital da licitação.

Uma terceira casa, também, posta à venda, não recebeu propostas e poderá entrar no prego de novo, com desconto de 25%. 

A possibilidade de abatimento está prevista em medida provisória do governo, cujo objetivo é agilizar a comercialização de imóveis da União.

Ao todo, a Secretaria do Patrimônio da União, vinculada à pasta da Economia, pretende alienar 425 imóveis em 2020 país afora. Eles estão numa lista de 3.800 que foram mapeados em 2019, classificados como vagos e disponíveis para uso.

“Esses imóveis, invariavelmente, são alvo de invasões, depredações e outras situações que impactam a gestão dos bens patrimoniais da União”, diz o ministério.

Uma das metas do governo é a de se desfazer de parte do seu imenso patrimônio imobiliário, como forma de levantar recursos para melhorar as contas públicas, reduzindo gastos e aumentando receitas.

Outro imóvel da lista é um terreno na Octogonal, outra área nobre de Brasília, com 65 mil metros quadrados, avaliado em R$ 252 milhões.

 
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