Em seu primeiro teste como cabo-eleitoral na cadeira de presidente da República, Jair Bolsolnaro teve um resultado bem abaixo das expectativas de seus aliados. Dos 59 nomes que referendeu pessoalmente em suas "lives eleitorais gratuitas", apenas 13 se elegeram —os principais, dois prefeitos de cidades interioranas, Mão Santa (DEM), em Parnaíba (PI), e Gustavo Nunes (PSL), em Ipatinga (MG).
Os principais nomes bancados abertamente por Bolsonaro foram Celso Russomanno (Republicanos), em São Paulo, Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte. Desses, só Crivella conseguiu ir para o segundo turno, mas inicia essa nova etapa em desvantagem.
Dos outros candidatos a prefeito apoiados pelo presidente, Capitão Wagner (Pros) também enfrentará um difícil segundo turno em Fortaleza. O resto foi derrotado, entre eles Ivan Sartori (PSD), em Santos, um dos primeiros a receber o aval de Bolsonaro, e Oscar Rodriges (MDB), em Sobral (CE), que perdeu para o irmão de Ciro e Cid Gomes, Ivo Gomes (PDT).
Bolsonaro também empenhou seu prestígio na campanha suplementar para o Senado em Mato Grosso, mas sua candidata, Coronel Fernanda (Patriota), também perdeu para Carlos Fávaro (PSD).
Entre os 11 vereadores apoiados por Bolsonaro que conseguiram sucesso nas urnas está o filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi reeleito, mas perdeu cerca de 35 mil votos em relação a 2016.
Entre os que fracassaram está Wal do Açaí, sua ex-funcionária fantasma, que teve só 266 votos e não conseguiu se eleger vereadora em Angra dos Reis (RJ).
Veja abaixo a resposta das urnas a 59 candidatos a prefeito, vereador e senador apoiados por Bolsonaro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.