Fotógrafo dispôs de poucos minutos para garantir equilíbrio em ensaios com candidatos em SP

Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Celso Russomanno (Republicanos) e Márcio França (PSB) foram retratados pelo repórter-fotográfico Eduardo Knapp

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São Paulo

A imparcialidade, princípio fundamental do jornalismo, não se resume apenas à escolha das palavras em textos ou à conduta em entrevistas. Ela rege também a produção e a edição das fotografias da Folha.

A preocupação com o equilíbrio esteve no centro dos ensaios fotográficos realizados com os quatro candidatos mais bem colocados na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, publicados no último domingo (16).

Eduardo Knapp fotografa Celso Russomanno em estúdio portátil no Memorial da América Latina - Marlene Bergamo/Folhapress

Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Celso Russomanno (Republicanos) e Márcio França (PSB) —e suas máscaras de proteção— foram retratados pelo repórter-fotográfico Eduardo Knapp nos dias que antecederam a eleição.

Com agendas cheias, cada um deles dispôs de poucos minutos para o ensaio, cuidadosamente negociados com suas campanhas com a ajuda de repórteres e sob a coordenação do editor de fotografia Otavio Valle. Assim, a solução foi deixar tudo pronto de antemão em um "estúdio portátil", a fim de garantir o equilíbrio e constância na iluminação de todos os políticos e de não perder tempo.

"O que mais focou minha atenção para pensar no 'estúdio portátil' a ser montado foi a suposição de que os candidatos não teriam muito tempo. E foi assim que aconteceu", conta Knapp. "O estúdio deveria ter iluminação simples e capaz de ser reproduzida o mais fielmente possível para todos, com a mesma luz e distância para o fundo."

O estúdio foi esquematizado com um fundo de papel cinza cerrado em 1,4 metro —com possibilidade de ser estendido até 2 metros—, dois tripés e um travão para sustentação. Havia também outro tripé com girafa (barra horizontal móvel fixada sobre ele, em que numa das pontas se coloca o flash) para a iluminação principal sobre o rosto e outra luz diagonal apontada para as costas do candidato, além de dois rebatedores —um lateral e outro frontal.

Ensaio com candidatos a Prefeito em São Paulo - Eduardo Knapp/Folhapress

"Também preparei outro tripé com flash e sombrinha sobre um fundo de papel cartão colorido para a foto da máscara. Esse esquema foi fundamental para sessão de Celso Russomanno, que durou apenas quatro minutos", afirma o fotógrafo.

Russomanno foi o candidato com o ensaio mais curto. Foram cerca de 240 segundos para fazer seu retrato, de suas mãos e de sua máscara. A sessão mais longa foi a de Boulos, que totalizou 18 minutos —7 para fotos dele e 11 para imagens do acessório.

Os outros dois políticos tiveram de ir e deixaram suas máscaras após serem fotografados. Covas teve seus registros feitos em oito minutos e França, em 11 —suas máscaras dispuseram de quatro e seis, respectivamente.

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