Pedido de propina de US$ 1 revelado pela Folha pauta cartazes de manifestantes em atos contra Bolsonaro

Manifestantes foram às ruas em todas as 27 capitais pelo impeachment do presidente

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar contrato com o governo Bolsonaro, revelado pela Folha, foi lembrado neste sábado (3) por manifestantes em todo o país em cartazes, camisetas e imagens.

No ato em São Paulo, foram espalhadas réplicas de cédulas de US$ 1 manchadas de vermelho.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.

A empresa Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 por cada (depois disso passou a US$ 15,5). "O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa", disse Dominguetti.

A mobilização deste sábado foi a primeira desde que um superpedido de impeachment foi protocolado na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (30), e após novas denúncias de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19 pressionarem o governo federal.

Os atos foram preparados às pressas, depois que as organizações que puxam a iniciativa decidiram antecipar a mobilização. Até então, o ato seguinte seria em 24 de julho, mais de um mês depois do protesto de 19 de junho. A manifestação do dia 24, no entanto, está mantida.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.