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WhatsApp ganha mais um processo contra agências que faziam disparos em massa nas eleições

Justiça proibiu a Yacows, citada em reportagem da Folha, de oferecer serviço e impôs multa de R$ 25 mil

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São Paulo

A Justiça de São Paulo proibiu que a Yacows, agência que realizou disparos em massa durante as eleições de 2018, utilize o WhatsApp para esse tipo de serviço. O juiz Eduardo Palma Pellegrinelli decidiu, no final de julho, que a Yacows pare de oferecer pacotes de disparos e pague indenização de R$ 25 mil ao WhatsApp.

O WhatsApp já obteve cinco vitórias na Justiça contra empresas e agências que usam a marca de forma irregular e oferecem envios massivos de mensagens.

Reportagens da Folha revelaram que a Yacows e outras empresas fizeram disparos em massa por WhatsApp com uso de CPF de terceiros durante a campanha eleitoral de 2018. Os disparos são vetados por resolução do Tribunal Superior Eleitoral e infringem os termos de serviço da plataforma.

A Yacows e suas coligadas Kiplix, Deep Marketing e Maut foram proibidas de usar a imagem do WhatsApp e vender pacotes de disparos em abril de 2020. Após a proibição, foi criado um site oferecendo o serviço por meio da mesma plataforma, a BulkServices, sob o nome Message Flow. O WhatsApp acusou a Yacows de usar a Message Flow como uma empresa de fachada para continuar vendendo disparos.

Celulares usados em empresa para enviar mensagens de WhatsApp em massa
Celulares usados em empresa para enviar mensagens de WhatsApp em massa - Reprodução

Na decisão de 21 de julho, o juiz Pellegrinelli determinou que a Yacows e as coligadas Kiplix, Deep Marketing e Maut, além da Unifour e Andressa Campos Ferreira, que controlam a MessageFlow, parem de desenvolver, promover e vender “serviços de envio de mensagens em massa pelo WhatsApp, bem como o uso de todas as suas marcas do WhatsApp e seus símbolos”. Além disso, cada um dos réus foi condenado a pagar R$ 25 mil ao WhatsApp.

Ainda cabe recurso. Procurado, o advogado da Yacows, José Caubi Diniz Júnior, afirmou: "É uma decisão teratológica, sem fundamento jurídico, prolatada sem a devida análise das provas acostadas aos autos, em desacordo com a legislação em vigor e será objeto de recurso de apelação".

O WhatsApp venceu processos pelo mesmo motivo contra outras quatro empresas: SallApp, VB Marketing, Autland e Zapito (as três últimas tiveram decisão em caráter liminar).

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