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Datafolha: 34% não votariam em Haddad de jeito nenhum ao Governo de SP

Rodrigo e Tarcísio saem com patamares baixos de conhecimento e rejeição na disputa

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São Paulo

Após ser ministro da Educação por quase sete anos, ocupar a prefeitura paulistana de 2013 a 2016 e ser o candidato derrotado no segundo turno presidencial de 2018, Fernando Haddad (PT) colhe os frutos da exposição ao ser o postulante ao governo de São Paulo mais conhecido e mais rejeitado.

É o que mostra pesquisa do Datafolha feita em 5 e 6 de abril, ouvindo 1.806 pessoas em 62 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, e ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número SP-03189/2022.

O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad durante evento do movimento dos sem-teto
O ex-prefeito paulistano Fernando Haddad durante evento do movimento dos sem-teto - Marlene Bergamo - 25.mar.22/Folhapress

A combinação entre rejeição e conhecimento é um dos fatores centrais para avaliar a viabilidade de candidaturas, embora não o único. Por seu longo escrutínio público, Haddad é conhecido por 94% dos paulistas, 37% deles dizendo que sabem muito acerca do petista. Dizem que não votariam de forma alguma nele 34%.

Haddad lidera a corrida agora. Ele é seguido por Márcio França (PSB), que foi governador de estado quando Geraldo Alckmin (então no PSDB, hoje PSB) deixou o Palácio dos Bandeirantes para ficar num distante quarto lugar no pleito vencido por Jair Bolsonaro (2018) há quase quatro anos.

Segundo colocado no cenário em que seu nome é posto, ele é conhecido por 74% dos paulistas, cortesia também de sua presença na campanha de 2020 como candidato derrotado a prefeito da capital.

Os dois candidatos que dividem o segundo lugar na disputa quando França não está no páreo, o ex-ministro de Bolsonaro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), também compartilham situação de largada semelhante.

Ambos são conhecidos apenas por 38% dos eleitores ouvidos, o que dá a seus marqueteiros amplo espaço para a construção de suas imagens. O tempo exíguo da campanha de rádio e TV deste ano dá alguma vantagem ao tucano, que tem o púlpito automático da cadeira de governador desde já, enquanto Tarcísio teve de deixar o governo para se candidatar.

Rodrigo, que assumiu o lugar de João Doria (PSDB) após o tucano deixar o governo para tentar ser candidato a presidente na semana passada, tem uma rejeição de 17%, igual aos 16% de Tarcísio. São os menores valores numéricos da pesquisa. Eles se situam em empate em limites variáveis da margem de erro com Vinicius Poit (Novo) e Felício Ramut (PSD), com 18%, e França e Altino Junior (PSTU), com 20%.

Algo mais acima no ranking da rejeição está o outro candidato saído do bolsonarismo na disputa, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB), com 25%. Isso com um grau baixo de conhecimento, de 28%. Poit, Altino e Felício também não são muito conhecidos, girando em torno dos 20% de entrevistados que dizem saber quem eles são, em diferentes graus.

O Datafolha quis saber também o que é que importa para o paulista na hora de escolher um candidato a governador. O item mais importante apontado foi não estar envolvido em casos de corrupção, visto como vital para 87% dos ouvidos.

Depois, ter experiência administrativa (83%), ter um passado político conhecido (69%) e a escolha do vice (66%). Menos importante é ser paulista: 43% acham vital, 37% dizem que não. Na disputa até aqui, não nasceram no estado o fluminense Tarcísio e o maranhense Altino. Ser alguém pobre não importa para 60% e é bem-visto para 17%. Na via oposta, ser rico não é critério para 73%, enquanto 5% acham relevante.

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