Descrição de chapéu Eleições 2022

Lula ataca Bolsonaro em Itaquera enquanto adversários debatiam no SBT em Osasco

O ex-presidente criticou sigilos impostos pelo presidente em fala na tarde deste sábado (24)

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na corrida eleitoral, em comício na noite deste sábado (24) em Itaquera.

No mesmo momento, a 51 km de onde Lula discursava, os seus adversários nas eleições participavam de debate presidencial no SBT. Na sexta (23), o ex-presidente confirmou sua ausência no evento e alegou dificuldades de agenda e necessidade de preparação.

Em sua fala, Lula criticou as declarações de Bolsonaro de que o petista é ladrão e afirmou que, se ganhar as eleições, irá acabar com os decretos de sigilo de 100 anos do chefe do Executivo.

O ex-presidente Lula (PT) durante comício em Itaquera neste sábado (24) - Danilo Verpa/Folhapress

"Todo dia ele fala: 'Eu não sou ladrão'. Ele vai ver se é ladrão ou não quando eu tomar posse e acabar com esse sigilo. Qualquer coisinha, ele faz um decreto de sigilo de 100 anos. Vou acabar no primeiro dia com isso, para [a gente] ver o que está escondido", disse.

No debate presidencial deste sábado, Bolsonaro voltou a atacar Lula e afirmou: "Eu falo alguns palavrões, mas não sou ladrão".

No comício em Itaquera, o ex-presidente disse ainda que Bolsonaro precisa "lavar a boca" ao falar do PT e citou o caso da compra de imóveis em dinheiro vivo pela família do presidente.

"Eu não fico fazendo acusação falsa, mas quando ele fala mal do PT ele tem que mostrar antes onde ele arrumou dinheiro para comprar 51 imóveis a vista. Para falar de nós lave a boca."

Esse é o segundo comício de Lula neste sábado. Mais cedo, ele participou de um evento no Grajaú, na zona sul da capital paulista. Nele, o ex-presidente pregou contra a abstenção do voto nas eleições e afirmou que o nível da campanha de Bolsonaro irá baixar nos próximos dias.

Em Itaquera, o petista também citou as denúncias sobre disparos em massa de SMS a favor de Bolsonaro e disse que a militância não deve aceitar provocações ou acreditar em mentiras e que ele não irá "fazer o jogo rasteiro deles".

"A fábrica de mentiras começou hoje lá no Paraná. Eles estão mandando informações para as pessoas mentirosas, como tentaram, como invadiram, como falaram com o Haddad em 2018. [Dizendo] que o Haddad fez o livro do kit gay e mamadeira de piroca. Eles vão fazer a mesma coisa", disse Lula.

Os disparos ocorreram na manhã deste sábado (24) e saíram de um número de telefone de uma empresa de tecnologia de informação do Governo do Paraná.

Eles foram relatados por diversas pessoas. A mensagem diz: "Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!"

Como a Folha mostrou, a Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa protocolou neste sábado (24) uma representação urgente no Ministério Público Eleitoral cobrando investigação dessas denúncias.

A campanha do ex-presidente decidiu acionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o STF (Supremo Tribunal Federal).

Além de apresentar duas representações ao TSE, a chapa Lula-Alckmin pedirá apuração ao STF dentro do inquérito relatado pelo ministro Alexandre de Moraes que investiga o financiamento e a organização de atos antidemocráticos, e a ação de milícias digitais.

A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que vê indícios de crime eleitoral e de uso indevido da máquina pública.

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