Datafolha: 51% defendem apoio de Rodrigo a Tarcísio; 39% preferiam Haddad

Após derrota histórica, tucano apoiou ex-ministro da Infraestrutura e Bolsonaro, gerando crise no PSDB

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São Paulo

Para 51% dos eleitores, Rodrigo Garcia (PSDB) deveria apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno ao Governo de São Paulo. Outros 39% dizem que ele deveria apoiar Fernando Haddad (PT).

Há, ainda, 4% que defendem que o atual governador não apoie nenhum dos dois, e 6% que afirmam não saber. Os dados são da pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (7).

Rodrigo já fez sua escolha e, na terça, declarou "apoio incondicional" a Tarcísio e ao padrinho político dele, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Haddad, por sua vez, é afilhado de Lula (PT).

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, cumprimenta o presidente Jair Bolsonaro, observado pelo candidato Tarcísio de Freitas
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, cumprimenta o presidente Jair Bolsonaro, observado pelo candidato Tarcísio de Freitas - Bruno Santos - 4.out.22/Folhapress

Entre quem votou em Rodrigo no primeiro turno, 57% dizem que ele deveria apoiar Tarcísio, e 32% defendem Haddad —6% dizem nenhum dos dois, e 6% afirmam não saber.

Ele amargou uma derrota histórica no estado que o PSDB governa desde 1995 —com breves interrupções. Ele ficou em terceiro lugar com 18,4% dos votos válidos, atrás de Tarcísio (42,32%) e Haddad (35,7%).

Segundo o Datafolha, Tarcísio tem 50% das intenções de votos ante 40% de Haddad. Outros 6% declaram voto branco ou nulo, além de 4% que não sabem. Nos votos válidos, Tarcísio tem 55%, e Haddad, 45%.

O apoio de Rodrigo a Bolsonaro e Tarcísio agravou a crise dos tucanos e isolou o governador, já que a decisão pegou de surpresa membros do partido e do governo. Três secretários pediram demissão.

Na quinta (6), o governador justificou a escolha afirmando que sempre esteve no lado contrário ao PT.

"Neste segundo turno, temos dois lados. O lado do PT e esse lado. Esse é o meu lado, em que sempre estive. Total coerência na minha decisão", disse. "A decisão é coerente com a minha história e com aquilo que defendi na campanha. São Paulo vai bem porque o PT nunca governou São Paulo, e quero que continue bem. [...] Por isso, eu voto no Bolsonaro", completou o tucano.

A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.806 pessoas, de quarta-feira (5) a esta sexta, em 74 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-09303/2022.

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