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Datafolha: Haddad tem 39% dos votos válidos em SP; Tarcísio, 31%, e Rodrigo, 23%

Bolsonarista tem 8 pontos sobre Rodrigo Garcia, vantagem fora da margem de erro da pesquisa

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São Paulo

Fernando Haddad (PT) segue na liderança da eleição para o Governo de São Paulo com 39% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (1º), véspera do primeiro turno da votação.

Em seguida, aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 31%, e Rodrigo Garcia (PSDB), com 23%.

Na última pesquisa, publicada na quinta-feira (29), Haddad tinha 41%, Tarcísio aparecia com 31%, e Rodrigo, 22%.

Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), candidatos ao Governo de São Paulo
Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), candidatos ao Governo de São Paulo - Marlene Bergamo e Bruno Santos/Folhapress

Carol Vigliar (UP) tem 2% dos votos válidos. Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Antonio Jorge (DC), Edson Dorta (PCO) e Vinicius Poit (Novo) têm 1% cada um. Altino (PSTU) não pontua.

O Datafolha passou a destacar o resultado dos votos válidos, que exclui da conta de intenção de votos brancos, nulos e indecisos, pois esse é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.

A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 3.700 pessoas, de sexta-feira (30) a sábado (1º), em 79 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-09987/2022.

No segundo turno entre Haddad e Tarcísio, o petista venceria o bolsonarista por 46% a 41% (era 48% a 40% na rodada anterior). A vantagem vem diminuindo –era de 53% a 31% em 18 de agosto.

Haddad também foi perdendo a vantagem que tinha em relação a Rodrigo no segundo turno, e a pesquisa mostra os candidatos empatados tecnicamente. O tucano tem 43% ante 42% de Haddad.

A campanha de Rodrigo vem usando esse dado para pregar o voto útil contra o PT e, assim, tentar chegar ao segundo turno.

Os eleitores de Rodrigo, que está em terceiro lugar, migram para Tarcísio (44%) e Haddad (33%) no segundo turno.

Em outro cenário, caso Tarcísio fique de fora do segundo turno, seus eleitores escolhem Rodrigo (65%) e Haddad (11%).

Os eleitores do ex-presidente Lula (PT) em São Paulo escolhem para governador Haddad (75%), Rodrigo (15%) e Tarcísio (5%). Já quem escolhe Jair Bolsonaro (PL) diz que votará em Tarcísio (68%), Rodrigo (21%) e Haddad (6%).

O Datafolha mediu ainda a intenção de votos para o Senado. Márcio França (PSB), apoiado por Lula, lidera com 45% dos votos válidos ante 31% de Marcos Pontes (PL), candidato de Bolsonaro.

Considerando os votos totais, Haddad tem 33% (eram 35% na pesquisa anterior), Tarcísio marca 26% (idem na anterior) e Rodrigo aparece com 20% (eram 18%). Os que não sabem se mantiveram em 8%, assim como os brancos e nulos.

A pesquisa espontânea mostra que 34% (eram 39%) dos eleitores ainda não escolheram um candidato para o Governo de São Paulo na véspera da eleição. Outros 22% declaram voto em Haddad, 17% escolhem Tarcísio, e 11% são eleitores de Rodrigo.

No total, 51% dos entrevistados acertam o número de seu candidato, enquanto 45% declaram não saber e 4% erram.

Os eleitores de Haddad são os que mais acertam o número do candidato: 61% de menções corretas ante 38% que não sabem. Não houve erros.

Para Tarcísio, 53% acertam, 39% não sabem e 8% erram. Já entre eleitores de Rodrigo, 46% acertam, 50% não sabem e 4% erram.

Agora, 73% dos eleitores estão totalmente decididos em quem votar, e apenas 27% admitem mudar de voto. Haddad e Tarcísio têm eleitores mais consolidados (77% decididos e 23% que podem mudar).

Para Rodrigo, os índices são de 69% a 31%.

Quando o Datafolha pergunta ao eleitor qual é sua segunda opção de voto, Rodrigo aparece na liderança, com 22%, seguido de Tarcísio (15%) e Haddad (14%).

Os eleitores de Haddad escolhem como segunda opção Rodrigo (32%) e Tarcísio (17%). Aqueles que escolhem Tarcísio migrariam para Rodrigo (35%) e Haddad (19%). Já os eleitores de Rodrigo podem mudar para Tarcísio (28%) e Haddad (25%).

O levantamento mostra ainda que o petista é o candidato mais rejeitado –40% não votariam nele de jeito nenhum (eram 37%). Tarcísio é rejeitado por 33% (29% antes), e Rodrigo manteve 20%.

Apesar do antipetismo e do conservadorismo que caracterizam o eleitorado de São Paulo, onde o PSDB governa há quase 30 anos, Haddad esteve à frente dos adversários nas pesquisas durante toda a campanha. Ele tem tentado colar suas agendas e propagandas em Lula, que pode vencer no primeiro turno.

Enquanto isso, Tarcísio e Rodrigo se engajaram numa disputa paralela por uma vaga no segundo turno. Os dois iniciaram a campanha desconhecidos e foram crescendo em intenção de votos —Tarcísio de forma mais acelerada e constante que Rodrigo, que estagnou no final.

Tarcísio teve como estratégia, assim como Haddad, evocar a polarização nacional e deixar claro para o eleitor que é o candidato apoiado por Bolsonaro.

Sem um presidenciável próprio, Rodrigo buscou esconder seu aliado João Doria (PSDB) e se ancorou no legado tucano, ao mesmo tempo em que apostou na mobilização de prefeitos e no voto útil antipetista na reta final.

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