Datafolha: França tem 45% dos votos válidos na disputa ao Senado por SP; Marcos Pontes, 31%

Considerando o total de votos, 26% de eleitores ainda não escolheram um candidato na véspera da eleição

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São Paulo

Márcio França (PSB) lidera a disputa pela vaga de São Paulo para o Senado. A pesquisa Datafolha deste sábado (1º), véspera da votação, mostra que o ex-governador tem 45% dos votos válidos.

Ele é seguido do ex-ministro Marcos Pontes (PL), que alcança 31% dos votos válidos. Neste ano, apenas um candidato é eleito para o Senado em cada estado.

No levantamento anterior, de quinta-feira (29), França tinha 47%, enquanto Pontes marcava 30% dos votos válidos.

Márcio França (PSB) e Marcos Pontes (PL), candidatos ao Senado por São Paulo - Ronny Santos/Folhapress

No segundo pelotão, ainda considerando os votos válidos, estão Edson Aparecido (MDB) com 6%, e Janaina Paschoal (PRTB) com 5%; além de Aldo Rebelo (PDT) e Vivian Mendes (UP) com 3% cada.

Antônio Carlos (PCO), Ricardo Mellão (Novo) e Professor Tito Bellini (PCB) têm 2% cada. Dr. Azkoul (DC) marca 1%.

A candidatura coletiva do PSTU, Mancha Coletiva Socialista, não pontua.

O Datafolha passou a destacar o resultado dos votos válidos, que exclui da conta de intenção de votos brancos, nulos e indecisos, pois esse é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.

Considerando o total de votos, porém, há 26% de eleitores que não escolheram um candidato na véspera da eleição —14% declaram não saber e 12% afirmam que vão votar em branco ou nulo.

França marca 33% (eram 34%), e Pontes tem 23% (eram 21%). Edson tem 4%, enquanto Janaina pontua 3%.

No geral, 35% dos entrevistados acertam o número de seu candidato. Outros 59% não sabem, e 6% erram.

Pontes tem percentual maior de eleitores (50%) que acertam seu número do que França (35%). Entre os eleitores do ex-ministro, 45% não sabem e 6% erram. Já entre os eleitores do ex-governador, 57% não sabem e 7% erram.

A eleição nacional entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) pautou a eleição para o Senado e também para o governo em São Paulo. A polarização se repete entre os candidatos da coligação petista, França e Fernando Haddad (PT), e os candidatos da coligação bolsonarista, Pontes e Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A pesquisa deste sábado mostra Haddad com 39% dos votos válidos, seguido de Tarcísio (31%). O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) está em terceiro, com 23%.

Os eleitores de Lula em São Paulo escolhem França (71%) e Pontes (4%). Já os eleitores de Bolsonaro se dividem entre Pontes (68%) e França (15%).

França, originalmente, seria candidato ao Governo de São Paulo, mas abriu mão para apoiar Haddad, que conseguiu unificar a esquerda em torno da sua candidatura. O ex-governador, contudo, conseguiu emplacar sua mulher, Lúcia França, como candidata a vice-governadora na chapa.

O ex-astronauta Pontes participou da eleição de 2018 como suplente de Major Olímpio (PSL), eleito à época senador por São Paulo e morto devido à Covid-19 em 2021. Ele viajou ao espaço em 2006, quando Lula era presidente.

Como mostrou a Folha, o histórico de flutuação entre esquerda e direita de França e Pontes foi explorado contra os dois candidatos na campanha.

Recordista de votos em 2018, Janaina Paschoal, que hoje é deputada estadual, concorre em um partido nanico, sem tempo de TV. A professora também sofreu com a divisão na direita e não obteve o apoio de Bolsonaro por ter posição crítica ao presidente em alguns temas.

A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 3.700 pessoas em 79 municípios, de sexta-feira (30) a sábado. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-09987/2022.

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