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Ex-aliado de Bolsonaro e suplente de Flávio apoia Lula e diz pagar penitência por 2018

Empresário Paulo Marinho esteve em evento da campanha do ex-presidente

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São Paulo

Um dos principais apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro em 2018, o empresário Paulo Marinho declarou nesta segunda-feira (10) apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que paga uma "penitência" pela escolha feita há quatro anos.

"Quem conhece o Bolsonaro como eu conheço, vota no Lula. Eu vim pagar uma penitência de 2018. A minha mulher costuma dizer que eu precisaria subir a escada da Penha 50 vezes para pagar essa penitência", afirmou Marinho. "Então, como eu não tenho essa disposição toda, achei que agora não é momento de ficar de voto nulo, voto em branco. Enfim, você precisa ter lado".

O empresário Paulo Marinho (à dir., de óculos) em evento da campanha de Lula
O empresário Paulo Marinho (à dir., de óculos) em evento da campanha de Lula - Victoria Azevedo/Folhapress

"O meu lado agora foi apoiar o Lula", acrescentou Marinho, que disse ainda ter votado no petista no primeiro turno. "O meu desejo de tirar o Bolsonaro é tão grande que eu votei no Lula no primeiro turno e vou repetir esse voto agora no segundo."

Na votação de 2 de outubro, Lula teve 48,43% dos votos válidos, contra 43,20% de Bolsonaro.

O empresário é suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL) e foi o anfitrião da campanha de Bolsonaro há quatro anos. Nesta segunda, ele participou de um ato a favor de Lula em um hotel de São Paulo.

Marinho esteve acompanhado da filha, a cantora Giulia Be, no evento em que o ex-presidente se reuniu com políticos, intelectuais e representantes de movimentos, entre eles a associação Derrubando Muros.

Segundo Marinho, Giulia pediu que ele fosse ao encontro. O namorado da cantora, Conor Kennedy, é sobrinho-neto do ex-presidente americano John F. Kennedy (1917-1963). Ele também participou do evento para, depois, declarar apoio da família Kennedy a Lula.

Marinho diz que se colocou "100% à disposição" da equipe de Lula e que pode contribuir ao contar "tudo o que aconteceu em 2018". "Se ele entender como aconteceu lá atrás ele vai entender melhor como se combate isso."

Após o encontro desta segunda, Marinho se reuniu reservadamente com Lula e a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, casada com o petista, para "cumprimentá-lo e dizer a ele que estou pagando essa penitência".

O empresário disse também que tem certeza que Bolsonaro não irá ganhar a eleição no dia 30 de outubro e que o atual mandatário é "bravateiro" e "covarde".

Lula também recebeu apoio do ator Marcelo Madureira. O ex-Casseta e Planeta era crítico aos governos do PT. "Frente ampla pela democracia e contra Bolsonaro. Com @marcelomadu", escreveu Lula no Twitter.

Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda mostra que Lula continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 51% das intenções de voto, contra 42% de Bolsonaro.

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