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Ex-ministro do STJ Gilson Dipp morre aos 78 anos

Durante os 16 anos em que trabalhou na corte, ele foi presidente da Quinta Turma e vice-presidente do tribunal

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Brasília

O ministro aposentado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Gilson Dipp morreu nesta segunda-feira (28), aos 78 anos, informou a corte por meio de nota. Dipp atuou como ministro do STJ de junho de 1998 a setembro de 2014.

Durante os 16 anos em que trabalhou na corte, Dipp chegou a ocupar os cargos de presidente da Quinta Turma e de vice-presidente do tribunal e do CJF (Conselho da Justiça Federal). Também foi membro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 2011 e 2013.

O ex-ministro do STJ Gilson Dipp durante intervalo de um seminário sobre corrupção em hotel nos Jardins, em 2015 - Moacyr Lopes Junior/Folhapress

O ministro, que era casado e deixou três filhos, tomou posse no STJ em 29 de junho de 1998 e se aposentou em 25 de setembro de 2014.

Nascido em 1º de outubro de 1944 em Passo Fundo (RS), ele se formou em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1968.

Segundo seu currículo no STJ, Dipp tomou posse como juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 1989, corte que presidiu entre 1993 e 1995.

Além da atuação na magistratura, ele foi professor de direito civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e integrante da Comissão da Verdade.

O magistrado ingressou no tribunal em vaga destinada à magistratura federal, foi responsável por criar varas especializadas em julgar lavagem de dinheiro e acabou sendo considerado um mentor nessa área.

Em 2019, em entrevista à Folha, ele chamou de "autoritarismo" o ato do ex-ministro da Justiça, eleito senador, Sergio Moro de avisar autoridades vítimas de hackers que suas mensagens capturadas seriam destruídas.

"Isso aí é um autoritarismo em nome da proteção de autoridades. O Ministério da Justiça está atuando como investigador, como acusador e como próprio juiz ao mandar destruir provas, se é que isso é verdade. Eu não estou acreditando ainda", disse Dipp na ocasião.

Ele também presidiu a comissão de juristas criada pelo Senado Federal para preparar a reforma do Código Penal, cujos trabalhos foram encerrados em maio de 2012.

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