Ministro da Justiça de Bolsonaro vai chefiar de novo Segurança Pública do DF

Anderson Torres deixou a pasta do governo de Ibaneis Rocha para assumir o ministério em 2021

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Brasília

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, voltará a chefiar a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Torres estava à frente da pasta do governo de Ibaneis Rocha (MDB) desde o início de 2019, mas deixou a secretaria para assumir o ministério em 2021.

O ministro Anderson Torres durante evento em Brasília - Adriano Machado-15.jun.22/Reuters

A informação foi publicada no G1 e confirmada por membros do Governo do Distrito Federal.

A atuação da Polícia Rodoviária Federal no processo eleitoral consolidou Anderson Torres, chefe da pasta à qual o órgão está atrelado, como um dos principais aliados das investidas de Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral.

Sob a tutela do ministro da Justiça, a PRF descumpriu ordem do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ao aumentar a fiscalização de veículos de transportes de passageiros no dia do segundo turno da eleição.

A corporação também passou a ser questionada pela Justiça, e seu diretor-geral, Silvinei Vasques, virou alvo de pedido de inquérito, após esse mesmo empenho e essa ampliação do efetivo para o pleito não se repetirem nos dias seguintes, quando bloqueios promovidos por bolsonaristas inconformados com o resultado das urnas tomaram as rodovias do país.

Na sua trajetória como policial federal, Torres atuou em ações voltadas ao combate às organizações criminosas e à repressão ao tráfico internacional de drogas. Participou de investigações em conjunto com adidos de outros países em missão no Brasil.

No Congresso, assessorou o ex-deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) em comissões da Câmara como a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Fiscalização Financeira e Controle, além de CPMIs (comissões parlamentares mistas de inquérito), entre elas a da JBS.

Nessas comissões da Câmara, Torres se aproximou de congressistas da chamada bancada da bala, um dos grupos de sustentação do governo Bolsonaro no Legislativo e que defende armar a população como política de segurança pública.

Criou laços de amizade também com o ministro Jorge Oliveira, do TCU (Tribunal de Contas da União), que por anos foi um dos principais auxiliares de Bolsonaro na Câmara e na Presidência da República. Oliveira foi um apoio importante para a escolha de Torres.

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