Descrição de chapéu transição de governo

PM fecha praça dos Três Poderes após vandalismo de bolsonaristas e reforça vigilância em hotel de Lula

Manifestantes vandalizaram áreas de Brasília após ordem de prisão de Moraes contra indígena apoiador de Bolsonaro

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Brasília

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que fechou a praça dos Três Poderes após o vandalismo de bolsonaristas nesta segunda-feira (12) e disse que o hotel onde está hospedado o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem vigilância reforçada.

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na praça dos Três Poderes e outras vias da região central foi restrito até nova mudança de cenário.

Ônibus é incendiado em Brasília, no Eixo monumental, pista N1, na altura do viaduto da W3 - Pedro Ladeira/Folhapress

A secretaria destacou ainda que as imediações do hotel em que o presidente eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal.

"As forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central da capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios", disse, em nota.

Uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra um indígena bolsonarista acabou em atos de violência nesta segunda-feira (12) em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília, horas após a diplomação do presidente eleito.

A PF cumpriu o mandado de prisão temporária contra José Acácio Serere Xavante e o conduziu até a sede da corporação, na Asa Norte. O pedido foi da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou o indígena como um dos integrantes dos atos antidemocráticos na capital federal.

José Acácio participou, entre outros atos, de um em frente ao hotel onde Lula está hospedado durante a transição. O local teve a segurança reforçada após o confronto dos bolsonaristas com a polícia começar.

Com a presença do preso no prédio da PF, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o local.

Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.

A Polícia Federal disse, por nota, que as manifestações no entorno do prédio da Polícia Federal estão sendo contidas com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil.

Em relação a prisão do indígena que culminou em manifestações, disse que o preso está acompanhado de advogados. "Todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido" disse a PF, em nota.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse nas redes sociais que a Polícia Federal está em contato com a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e tudo será apurado e esclarecido.

"Desde o início das manifestações em Brasília, o@JusticaGovBR , por meio da @policiafederal, manteve estreito contato com a @secsegurancadf e com o @Gov_DF, a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento", disse o ministro, nas redes sociais.

A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) disse, em nota, que repudia os atos de vandalismo praticados contra a sede da Polícia Federal, atentando contra a vida de policiais federais no cumprimento de suas funções, em seu local de trabalho.

"A Fenapef está certa de que a Polícia Federal fará uma apuração célere do ocorrido e trabalhará para que os envolvidos sejam encaminhados à Justiça o mais rápido possível. A escalada da violência no país, e especialmente contra policiais federais no exercício de suas funções legalmente previstas, representa um atentado ao Estado de Direito e à democracia e deve ser combatida com rigor e nos limites da lei", disse em nota.

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