Indicado por Lula (PT) para a vaga da ministra Rosa Weber, Flávio Dino tomou posse no STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro de 2024 e poderá permanecer no cargo até abril de 2043.
Primeiro indicado no atual mandato de Lula para o STF, Cristiano Zanin tomou posse em agosto de 2023, ocupando o assento de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril daquele ano. Zanin advogou para Lula nos processos da Operação Lava Jato e é amigo do presidente.
Segundo o texto constitucional, o indicado pelo presidente deve ser sabatinado e, posteriormente, votado pelo Senado.
Há algumas regras que detalham esse processo, como a idade mínima e máxima, os critérios para a seleção e o rito de votação no Legislativo.
Veja abaixo quais são os caminhos legais para a definição dos ministros da Suprema Corte brasileira, e as datas de aposentadoria dos magistrados que compõem o tribunal.
Com qual idade uma pessoa pode ser indicada ao STF?
Os brasileiros natos com mais de 35 anos e menos de 70 anos podem ser escolhidos para o cargo de ministro do STF.
Quantos magistrados compõem a corte?
Atualmente, 11 ministros. No início da República no Brasil, a partir de 1889, eram 15 magistrados, número que chegou a 16 entre 1965 e 1969, durante a ditadura militar. O Ato Institucional nº 6, de 1º de fevereiro de 1969, restabeleceu o número de 11 ministros na corte.
Quais são os critérios subjetivos para indicação de um ministro ao STF?
O artigo 101 da Constituição prescreve que os nomeados para o Supremo devem ser cidadãos de "notável saber jurídico e reputação ilibada".
Todavia, o texto constitucional e as leis brasileiras não detalham critérios ou procedimentos para verificar esses dois requisitos, tampouco indicam restrições ou causas de impedimento expressas.
Como é feita a indicação pelo presidente?
Não há um processo formal complexo a ser conduzido pelo presidente da República no decorrer do período de indicação ao Supremo.
Em governos no passado recente, presidentes buscaram a colaboração de seus ministros da Justiça e subchefes para Assuntos Jurídicos da Casa Civil para pesquisar, selecionar e sondar candidatos para a vaga.
Na etapa de nomeação há grande mobilização de setores do Judiciário, Ministério Público, advocacia, sindicatos, associações, entidades e movimentos sociais, que buscam fazer lobby para a indicação de seu preferido.
Em geral, nesse período, o presidente realiza entrevistas pessoais com os candidatos. Encerrada a seleção, o mandatário faz uma comunicação ao Senado indicando o nome do escolhido.
Como é o processo no Senado?
No Senado, a avaliação sobre a indicação do presidente é feita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A principal etapa na comissão é a realização de uma sabatina do candidato pelos congressistas. Concluída a sabatina, a CCJ prepara um parecer sobre a nomeação e envia a análise ao plenário.
A decisão sobre a indicação é feita em uma sessão plenária do Senado. A aprovação do nome só ocorre se for obtida maioria absoluta na votação, ou seja, ao menos 41 dos 81 senadores.
O que ocorre após a deliberação do Senado?
Depois da aprovação do Senado, o mandatário pode publicar a nomeação e o escolhido pode tomar posse no tribunal.
O processo de escolha inclui poder de veto do STF?
Não, a Constituição e as leis brasileiras não prescrevem poder de veto do Supremo ou outro mecanismo legal criado especificamente para impedir a nomeação do escolhido pelo presidente e chancelado pelo Senado.
Por quanto tempo um ministro pode permanecer no STF?
A Constituição brasileira prevê a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal quando os magistrados completam 75 anos.
Veja as próximas aposentadorias no Supremo
GOVERNO 2027-2030
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Luiz Fux (abr.28)
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Cármen Lúcia (abr.29)
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Gilmar Mendes (dez.30)
GOVERNO 2031-2034
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Edson Fachin (fev.33)
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Luís Roberto Barroso (mar.33)
GOVERNO 2039-2042
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Dias Toffoli (nov.42)
GOVERNO 2043-2046
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Flávio Dino (abr.43)
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Alexandre de Moraes (dez.43)
GOVERNO 2047-2050
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Kassio Nunes Marques (mai.47)
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André Mendonça (dez.47)
- Cristiano Zanin (nov.50)
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