Descrição de chapéu Folhajus STF

Senado marca sabatina de Zanin para quarta-feira da semana que vem

Presidente da Casa, Rodrigo Pacheco diz que nome de advogado será submetido ao plenário no mesmo dia

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Brasília

O advogado Cristiano Zanin será sabatinado pelo Senado para o STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quarta-feira (21).

A data foi anunciada nesta segunda (12) pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Davi Alcolumbre, Cristiano Zanin e Rodrigo Pacheco na residência oficial do Senado em 12 de junho. Os três usam terno e estão de pé. Atrás deles, é possível ver um mural de Francisco Brennand
Davi Alcolumbre, Cristiano Zanin e Rodrigo Pacheco na residência oficial do Senado nesta segunda (12) - Pedro Gontijo/Divulgação/Rodrigo Pacheco

Indicado pelo presidente Lula (PT) para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski, Zanin precisa do voto de, no mínimo, 41 dos 81 senadores. Antes de ter seu nome submetido ao plenário, o advogado será sabatinado pela CCJ da Casa. A votação é secreta.

Zanin se encontrou nesta segunda com Pacheco e Alcolumbre na residência oficial do Senado, em Brasília. Após a visita, Pacheco publicou uma foto ao lado do advogado e afirmou que a votação no plenário será no mesmo dia da sabatina.

"Recebi, nesta segunda-feira, em Brasília, a visita do advogado Cristiano Zanin, que me apresentou seu histórico profissional e sua disposição de integrar o Supremo Tribunal Federal", escreveu Pacheco nas redes sociais.

"Acompanhou-me no encontro o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre, que definiu para o próximo dia 21 a sabatina na comissão. Tão logo finalizadas a sabatina e a votação na CCJ, darei encaminhamento ao Plenário do Senado na mesma data", completou.

Em nota à imprensa, Alcolumbre afirmou que a indicação será relatada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado e um dos principais aliados do governo Lula na Casa.

"Haveremos de fazer o relatório com base no histórico, na formação e naquilo que objetivamente o indicado tem demonstrado ao longo da sua experiência e vivência advocatícia", disse Veneziano após o anúncio. "Isso [a relatoria] é motivo, evidentemente, de alegria, de honra pela deferência."

Como mostrou a Folha, o governo quer submeter Zanin a uma sabatina informal com senadores da base aliada nesta semana. O mesmo deverá ser feito com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado para uma diretoria do BC (Banco Central).

No caso do advogado de Lula, a ideia é não só prepará-lo para perguntas mais duras que podem ser feitas na CCJ, mas também diminuir dúvidas de parlamentares aliados para encurtar a duração da sabatina —em 2015, a do ministro Edson Fachin durou 12 horas.

Senadores da base aliada de Lula calculam que Zanin deverá ter cerca de 55 votos, 14 a mais que o necessário. Na votação para presidente do Senado, que tem sido usada de parâmetro sobre o tamanho da base, Pacheco recebeu 49 votos.

Nos últimos dias, o advogado de Lula almoçou e jantou com parlamentares em busca de votos. A expectativa é de que Zanin se reúna com a bancada do PSD, a maior do Senado, nesta semana.

O advogado também pretende conversar com senadores durante um jantar na casa do senador Weverton Rocha (PDT-MA), um dos vice-líderes do governo Lula. Um encontro com o líder do PDT, Cid Gomes (CE), e a senadora petista Augusta Brito (CE), também já está agendado.

Tanto o presidente do Senado como o presidente da CCJ têm afirmado ao Palácio do Planalto que Zanin deve ser aprovado com facilidade. O PL de Jair Bolsonaro, por exemplo, deve liberar os senadores para que votem da forma como quiserem.

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