Descrição de chapéu Governo Tarcísio

Tarcísio admite deixar Republicanos caso partido entre na base de Lula

Governador também disse não ser candidato a presidente em 2026 e que vai apoiar quem Bolsonaro indicar

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu nesta quarta-feira (9) a possibilidade de deixar seu partido caso ele passe a integrar a base do presidente Lula (PT), como vem sendo negociado a partir de uma reforma ministerial no governo federal.

Em outro momento do mesmo dia, ele também disse não ser pré-candidato à Presidência da República para 2026 e reiterou apoiar quem Jair Bolsonaro (PL) escolher para concorrer ao cargo, mencionando a hipótese de reversão da inelegibilidade do ex-presidente até o próximo pleito nacional.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em evento do agronegócio paulista, na capital do estado
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em evento do agronegócio paulista, na capital do estado - Fernando Nascimento - 8.ago.23/Governo do Estado de São Paulo

Em evento para assinar o contrato de concessão do Rodoanel Norte, Tarcísio foi questionado sobre a aproximação entre sua sigla e Lula. O petista deve definir nos próximos dias quais ministérios deve entregar ao Republicanos e ao PP para ampliar sua base no Congresso Nacional.

"Sou contra. Não gostaria de ver meu partido fazendo parte da base do governo", disse o governador paulista. A respeito de sair do Republicanos caso a legenda passe a ser base de Lula, Tarcísio respondeu que vai "avaliar com o partido".

Desde que ganhou a eleição, Tarcísio vem sendo disputado por outras legendas, como PL e PSD. Valdemar Costa Neto, presidente da sigla de Bolsonaro, chegou a afirmar que o governador teria que "sair com o 22", número do PL, para ter uma candidatura ao Planalto viável em 2026.

Já sobre o pleito nacional, Tarcísio rechaçou a possibilidade de concorrer. "Não preciso ser candidato à Presidência, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar", disse Tarcísio em entrevista ao Flow Podcast no fim do dia, afirmando estar realizado e satisfeito com o Executivo paulista.

O governador bolsonarista ainda ressaltou a força do ex-presidente na direita, o que, segundo ele, daria ao capitão reformado do Exército o direito de escolher, caso não consiga reverter a condenação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o herdeiro de seu espólio político.

"Elegível ou não elegível, a gente não sabe o que vai acontecer depois no futuro, acho quem vai ser o candidato da direita que o pessoal tem essa grande curiosidade, quem vai substituir o Bolsonaro é o candidato que ele apontar", concluiu.

O Palácio dos Bandeirantes é visto como catapulta para o do Planalto, mas Tarcísio tem desconversado publicamente, desde antes de sentar-se na cadeira, sobre a possibilidade de se lançar a um projeto nacional em 2026.

Embora esteja engajado em acenar ao mesmo tempo para o bolsonarismo e para o centro, o governador se dedica mais a temas de gestão, como obras e concessões, do que à articulação com partidos e parlamentares.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também afirmou, em 12 de julho, que não está em seu "radar" focar as eleições presidenciais de 2026. "Eu prefiro apoiar alguém que ser candidato", declarou.

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