A advogada Daniela Teixeira foi avisada na tarde desta terça-feira (29) que o presidente Lula (PT) assinou a sua nomeação para a vaga de ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha.
Ela era a única mulher na lista de três nomes da advocacia escolhidos pelos ministros do STJ para que Lula fizesse a indicação para ocupar uma das vagas na corte.
Com a indicação de Lula, Daniela ainda deverá passar por aprovação do Senado. A lista de candidatos da advocacia feita pelo STJ também tinha os nomes de Luiz Cláudio Allemand e Otávio Rodrigues Júnior.
Com a indicação de Daniela, a primeira lista, com advogados e integrantes do Ministério Público, está resolvida. Uma segunda segue em aberto. São quatro nomes de desembargadores de Tribunais de Justiça para a escolha de dois deles pelo presidente Lula.
Votaram para escolher candidatos os 30 magistrados (o tribunal tem 33 assentos, mas três vagas estão abertas), em um sistema de escrutínio de várias rodadas. Os indicados serão ainda sabatinados e aprovados pelo Senado. Saiba quem são os quatro nomes ainda em disputa.
Tribunais de Justiça
- Carlos Von Adamek é oriundo do Tribunal de Justiça de São Paulo, e foi o único desembargador selecionado na primeira rodada de votos. Ele foi assessor do ministro Dias Toffoli no STF e de Gilmar Mendes no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com bom trânsito nas cortes superiores. Toffoli é o seu principal padrinho na campanha ao STJ.
- Elton Leme é desembargador no Rio de Janeiro, especializado em direito ambiental —é também pesquisador de bromélias. Apadrinhado por Luis Felipe Salomão, atual corregedor nacional de Justiça, ele foi presidente do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro)
- Afrânio Vilela é integrante do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, tendo o ministro do STJ João Otávio de Noronha como um dos apoiadores. Foi o único candidato de Minas, e teve apoio em peso dos demais desembargadores da corte estadual.
- Teodoro Silva Santos é desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará, estado hoje governado por Elmano de Freitas (PT), e antes administrado pelo atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT). É magistrado desde 2011 —antes, foi promotor de Justiça.
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