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Disputa por vaga em tribunais tem candidatos apoiados por membros do STF e pelo PT

Lira, Haddad, Jaques Wagner e Gilmar apoiam candidatos para TRFs e TST

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Brasília

A disputa por vagas em importantes tribunais do país tem mobilizado ministros do presidente Lula (PT), parlamentares e integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) realizará nos próximos meses diversas votações internas para definir indicados para assentos destinados à advocacia no TST (Tribunal Superior do Trabalho) e em dois tribunais regionais federais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o ministro do STF Gilmar Mendes durante jantar em Brasília - Jefferson D. Modesto - 16.mar.23/Divulgação

Nomes como Gilmar Mendes, ministro do Supremo, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, têm candidatos no páreo.

Um dos postulantes ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) é Eduardo Martins, filho do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Humberto Martins. Pesa contra ele, no entanto, a relação com pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Outro é Flávio Jardim, apoiado por Gilmar e que já esteve em uma lista anterior, mas acabou sendo preterido pelo então presidente Bolsonaro.

Também são vistos como fortes na briga os advogados Thiago Campos e Vicente Viana. O primeiro tem relação próxima com o PT e apoios de próceres petistas, como Haddad e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), seu conterrâneo.

O segundo tem apoios importantes na própria OAB e conta com ajuda do ministro Reynaldo Fonseca, do STJ, e do desembargador do TRF-1 Gustavo Amorim.

A votação está marcada para o próximo dia 18. A OAB elegerá duas listas sêxtuplas e, depois, caberá ao tribunal reduzir ambas as relações pela metade. Lula, então, terá que escolher um de cada lista para se tornar integrante da corte.

O advogado Diogo Condurú também tem apoios importantes no mundo político. Estão ainda na disputa advogados com histórico na OAB, como Marcus Gil, Gustavo Silbernagel e Rebeca da Silva.

O rito para escolha do próximo ministro do TST é similar. A OAB escolherá seis nomes, o tribunal reduzirá a relação para três e, depois, Lula escolherá um deles para assumir um assento no órgão de cúpula da Justiça do Trabalho.

O advogado Adriano Avelino está em campanha para o cargo e tem apoio do presidente da Câmara. Um problema para ele, no entanto, é o fato de não ser o único candidato de seu estado, Alagoas.

O alagoano Fernando Paiva é o candidato ao TST de Felipe Sarmento, presidente do fundo financeiro da OAB e favorito para assumir o comando do órgão após a gestão de Beto Simonetti. Ele já foi pressionado a retirar a candidatura de seu aliado, mas não cedeu à pressão e manteve o nome de Paiva na disputa.

A disputa entre os dois alagoanos esquentou nas últimas semanas. É raro a OAB incluir conterrâneos na mesma lista.

Outro nome de peso na disputa é o de Emmanoel Campelo. Ele é filho de Emmanoel Pereira, que se aposentou recentemente do TST escalou o filho para disputar a cadeira que era sua até outubro do ano passado.

Além dele, o advogado Antonio Fabrício é outro nome que desponta na disputa. Ele tem boas relações dentro da OAB e também conta com o apoio do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que até hoje exerce influência no PT.

Outro tribunal que tem duas vagas abertas e que caberá à OAB preencher os assentos atualmente sem donos é o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região).

Nesse caso, está no páreo a advogada Gabriela Araújo, que é casada com Emídio de Souza (PT-SP) deputado estadual que exerce grande influência dentro do PT.

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