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Rio deve ter primeira eleição do século sem mulher em debates na TV no primeiro turno

No primeiro encontro ocorre nesta quinta (8), Eduardo Paes deve ser o principal alvo de ataques; candidata do Novo tentou participar, mas sigla não cumpre regra

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Rio de Janeiro

A eleição para a Prefeitura do Rio de Janeiro deverá ter, pela primeira vez neste século, debates na televisão no primeiro turno sem a presença de uma mulher entre os candidatos. O primeiro encontro entre os postulantes ao cargo ocorre nesta quinta-feira (8), a partir das 22h15, na TV Bandeirantes.

Participam do programa o prefeito Eduardo Paes (PSD), que tenta a reeleição, e os deputados Tarcísio Motta (PSOL), Alexandre Ramagem (PL), Rodrigo Amorim (União) e Marcelo Queiroz (PP). Pela legislação, as emissoras só são obrigadas a convidar candidatos de partidos ou federações com pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional.

Da esq. para dir.: Eduardo Paes (PSD), Tarcísio Motta (PSOL), Alexandre Ramagem (PL), Rodrigo Amorim (União), Marcelo Queiroz (PP), que participarão do primeiro para a eleição do Rio de Janeiro

A advogada Carol Sponza (Novo) tentou, sem sucesso, garantir na Justiça Eleitoral sua participação no debate. Ela argumentou que o deputado Ricardo Salles trocou recentemente o PL pelo Novo, aumentando a bancada da sigla de 4 para 5 parlamentares. A emissora, porém, afirmou que o prazo para o cumprimento da cota era dia 20 de julho.

A situação é inédita em relação a eleições anteriores desde 2004. Em 2020, participaram dos debates do primeiro turno Benedita da Silva (PT), Martha Rocha (PDT), Renata Souza (PSOL) e Clarissa Garotinho (à época no Pros).

A deputada Jandira Feghalli (PC do B) foi a única representante feminina nos debates de 2016 e 2004. Em 2012, a única mulher era Aspásia Camargo (à época no PV). Em 2008, não houve debates no primeiro turno em razão do excesso de candidatos e da falta de acordo com emissoras —se tivessem ocorrido, Jandira participaria pelas regras pretendidas.

Em 2000, último ano do século 20, a deputada Benedita da Silva (PT) se candidatou e participou dos debates. A última eleição sem candidatas na cidade foi em 1996.

Neste ano, além de Sponza, também é candidata a educadora Juliete Pantoja (UP), cujo partido não tem representação no Congresso.

Nesta quinta, Paes, candidato à reeleição, será o principal alvo de críticas dos adversários. Pesquisa de intenções de voto divulgada pelo Data folha há um mês indicava o prefeito com 53% da preferência do eleitorado.

Ramagem reforçará bandeiras conservadoras e da segurança pública a fim de atrair os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu apoiador. Tarcísio, por sua vez, buscará atrair os telespectadores progressistas que, atualmente, têm a intenção de votar em Paes. O deputado do PSOL tentará colar sua imagem à do presidente Lula, que apoia o prefeito.

A expectativa é de que Amorim promova os ataques mais virulentos contra Paes. O bolsonarista ficou nacionalmente conhecido nas eleições de 2018, quando quebrou a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL).

Queiroz deve buscar se apresentar como um candidato sem padrinhos políticos.

Dos cinco participantes, apenas Tarcísio e Queiroz têm como vice mulheres: Renata Souza e a vereadora Teresa Bergher (PSDB), respectivamente.

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