Filipe Catto comenta influências e disco de estreia; ouça podcast
Aos 23 anos, o cantor gaúcho Filipe Catto prepara-se para lançar na capital paulista seu primeiro disco, "Fôlego", em show no Auditório Ibirapuera (zona sul), na próxima sexta-feira (16).
Diligente e sem concessões, o disco gravita gêneros diferentes das variações de bossa-rock predominantes na cena atual, especialmente no eixo Rio-São Paulo.
Caroline Bittencourt/Divulgação | ||
Cantor Filipe Catto (foto), que lança seu primeiro disco, "Fôlego", na próxima sexta (16), no auditório do Ibirapuera |
As letras investem na narrativa, lembrando personagens e contextos de Chico Buarque, enquanto o instrumental e as melodias de voz remetem a Milton Nascimento, Elis Regina e Dolores Duran.
E Ney Matogrosso. O timbre vocal alto, de contratenor, somado à presença performática no palco, tornou frequente entre crítica e público a associação com o ícone da MPB, ex-vocalista do Secos e Molhados.
Filipe não se importa: "É normal que as pessoas precisem contextualizar para entender algo novo", diz.
Há pouco mais de um ano na capital paulista, ele diz que veio em busca dos sopros finais de inspiração para a composição e o arranjo de "Fôlego".
Ao vivo, uma seleção invejável de músicos locais faz sua cobertura. O time inclui o baixista Fábio Sá, o guitarrista Fabá Gimenez, o pianista Adriano Grineberg e o baterista Peo Fiorin, além do guitarrista Guilherme Held, que gravou o disco. Juntos, eles trazem no currículo nomes como Lanny Gordin, Ana Cañas, Maria Rita e Marina Lima.
A revista sãopaulo conversou com o cantor sobre a expectativa para a apresentação, a escolha dos músicos, suas referências musicais ao compor e cantar, a receptividade do público e as comparações com Ney Matogrosso.
Confira a seguir.