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Como se preparar para usar inteligência artificial no trabalho em 2024

Newsletter FolhaCarreiras dá dicas para quem quer introduzir ferramentas no dia a dia profissional

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São Paulo

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Sim, vamos falar de inteligência artificial (IA). O tema tão discutido no ano passado segue firme e forte em 2024 —e talvez seja ainda mais importante neste novo ano.

Especialistas em carreiras veem o uso de IA como uma das maiores tendências no mercado de trabalho, e um novo relatório do Fundo Monetário Internacional reforça essa ideia.

  • Em economias avançadas, o número chega a 60% e, em países de baixa renda, apenas 26%. O Brasil está na média, com 41% dos empregos podendo ser afetados.

O FMI diz... Que metade dos empregos afetados pela IA será prejudicada, enquanto o restante pode se beneficiar do aumento da produtividade.

Vou ser substituído? Não necessariamente. Contratar pessoas é mais barato que adotar IA na maioria dos empregos, segundo o MIT. Um estudo do instituto constatou que apenas 23% dos trabalhadores poderiam ser substituídos pela tecnologia sem perdas financeiras.

Então, o que tenho a ver com isso? 2024 é o ano de se preparar para essas mudanças que a IA vai trazer para o mercado de trabalho, defendem especialistas.

  • "As organizações vão começar a estruturar melhor como adotar esse tipo de tecnologia e isso vai demandar novas competências profissionais", diz Diogo Cortiz, professor de IA da PUC-SP e pesquisador do Nic.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).

Exemplo de áreas que já sentem o impacto da mudança: jurídica (análise de contratos e documentos), comunicação (elaboração de textos, conteúdos para redes sociais), atendimento e vendas (uso de chatbots e automação), e educação (elaboração de provas e personalização do aprendizado).

Por onde começar?

1. Busque entender a tecnologia. Aprenda sobre IA e como ela funciona. "É importante as pessoas entenderem isso de uma forma muito básica, aprendendo o que está por trás do desenvolvimento das ferramentas", defende Alexandre Max, CEO do aplicativo de cursos voltados ao mercado de trabalho Vivae.

  • Se quiser uma ajudinha... Na próxima seção, reuni dicas para quem deseja se aprofundar no assunto.

2. Entenda quais ferramentas impactam seu trabalho. As possibilidades em IA são muitas, então é preciso saber quais tecnologias são eficientes para sua rotina.

  • Como? "Identifique atividades mais mecânicas e que te fazem perder tempo hoje", diz Max.
  • Depois... Explore e interaja com as ferramentas para entender suas potencialidades e fragilidades, complementa Cortiz.

3. Converse com seu gestor. Se você vê potencial para usar IA em sua área, abra um canal de dialógo com seus superiores. Juntos, vocês podem definir diretrizes para o uso dessas ferramentas. "Isso vai trazer mais transparência e clareza, além de segurança para o uso da IA e para os funcionários", argumenta o professor da PUC-SP.

Outros cuidados ao usar ferramentas de IA:

  • Evite compartilhar informações confidenciais relacionadas à empresa;
  • Evite fornecer dados de clientes ou funcionários — isso pode violar as diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados);
  • Cuidado com o "copia e cola". Chatbots de IA, como o ChatGPT, podem fornecer respostas imprecisas e violar direitos autorais.

Importante: não deixe as habilidades comportamentais de lado. O profissional completo, apontam os especialistas, é aquele que sabe combinar os ganhos técnicos trazidos pela IA com capacidades socioemocionais.

Desenvolver a comunicação e as relações interpessoais é cada vez mais importante. "Pessoas que conseguem entender as outras pessoas serão mais valorizadas", pontua Cortiz.

Vai uma ajudinha aí?

Indicações para quem quer mergulhar no assunto

  • Newsletter: a Folha tem um guia do New York Times que explica os principais conceitos da tecnologia e como é possível usar chatbots como o ChatGPT. Ele é enviado em cinco edições no seu email (inscreva-se aqui).
  • Vídeo: o professor Diogo Cortiz tem um curso gratuito no YouTube sobre IA generativa, no qual ele explica os modelos de linguagem e conceitos mais específicos. Assista aqui.
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