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Júnior, pleno ou sênior? Entenda diferenças entre níveis de carreira

Classificação ajuda a entender grau de autonomia e experiência profissional; leia na newsletter FolhaCarreiras

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São Paulo

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Já ficou em dúvida na hora de candidatar-se para uma vaga sobre o seu nível profissional? Na edição de hoje, explico a diferença entre um profissional júnior, pleno e sênior.

Por que dividir assim? A nomenclatura é importante para classificar o nível de maturidade e experiência do profissional, explica Hosana Azevedo, head de RH do Infojobs.

A divisão permite entender o grau de autonomia daquela pessoa, ajuda a definir a remuneração e a planejar um desenvolvimento de carreira, complementa Azevedo.

"A gente pode ter vários profissionais dentro de uma mesma função. Por exemplo, um analista de contabilidade. Mas como é que eu vou medir quem tem mais maturidade e quem precisa de mais suporte?", exemplifica.

Os níveis júnior, pleno e sênior se diferenciam de acordo com a maturidade e experiência profissional - Nuthawut/Adobe Stock

Essa classificação funciona como uma ferramenta de gestão de talentos. Há empresas que adotam, outras que não.

↳ Não existe uma lei que obrigue as empresas a classificar seus funcionários nos níveis júnior, pleno e sênior, explica Jaqueline Garutti, consultora de carreira e liderança.

Mas o que diferencia cada nível? Entenda as características:

1. Profissional júnior:

  • Está começando a carreira naquela posição;
  • Tem conhecimentos básicos da área e habilidades técnicas iniciais;
  • Não tem tanta autonomia, ou seja, precisa de orientação de colegas e gestores para realizar atividades.

Tempo de experiência: até três anos.

Vagas de nível júnior costumam ter um grau de complexidade menor, explica Garutti. Exemplo: uma vaga que exige pouca ou nenhuma experiência, pacote Office, inglês avançado e facilidade de comunicação.

2. Profissional pleno:

  • Domina habilidades técnicas da sua área;
  • Consegue resolver problemas de baixa e média complexidade;
  • Tem maior autonomia, ou seja, depende menos de colegas e gestores;
  • Consegue tomar decisões com mais liberdade e, em alguns casos, apenas comunica a situação a seu superior.

Tempo de experiência: de três a oito anos.

É um profissional no processo de amadurecimento, complementa Garutti. "Assume mais responsabilidades, tem uma visão mais crítica e contribui mais."

3. Profissional sênior:

  • Tem bastante conhecimento na área e habilidades técnicas avançadas;
  • Lida diretamente com problemas e tem autonomia para resolvê-los;
  • Lidera projetos, mentora a equipe e, na ausência do líder/gestor, cumpre esse papel;
  • Tem visão estratégica e nível de responsabilidade muito maior.

Tempo de experiência: acima de oito anos.

"É uma pessoa que conduz. Em geral, o próximo passo depois de sênior é tornar-se especialista ou liderança. A principal diferença entre os dois caminhos é que o líder tem um time para gerenciar", explica Garutti.

Importante: o tempo de experiência é uma média, não um padrão. "Pessoas são diferentes. Algumas têm uma carreira mais acelerada, seja pela curva de aprendizado ou até mesmo pela necessidade da organização, que acaba colocando a pessoa em tarefas mais avançadas", explica Hosana Azevedo.

Por isso, não deixe de se candidatar a uma vaga por não cumprir o tempo de experiência, orienta Garutti.

Ficou em dúvida? Foque na descrição da vaga e não se prenda à nomenclatura do nível, diz a mentora.

  • Faça uma comparação com o que foi requisitado na vaga e o que você tem de experiência e conhecimento. Se tiver 70% dos requisitos, pode se candidatar, indica Garutti.

Isso vale também para pedir um aumento salarial no atual emprego.

↳ Se, ao fazer uma pesquisa de mercado, você cumpre os requisitos de vagas sênior de outros locais de trabalho, mas é contratado como pleno na sua empresa, você pode alinhar um plano de desenvolvimento com seu gestor.

Por fim, quando falamos sobre nível profissional, é importante respeitar o momento em que você está.

"Cada etapa tem sua oportunidade de aprendizado. Não queira acelerar demais a carreira, porque, no futuro, as habilidades que você deixou de conquistar no processo vão fazer falta", diz Azevedo.


Conselhos de CEO

Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira

Bruna Neves, 37, diretora-geral da WeWork no Brasil
Bruna Neves, 37, diretora-geral da WeWork no Brasil - Joyce Cury/Divulgação

Sobre ela: Bruna Neves é formada em administração (UFRJ) e possui MBA pela IE Business School de Madri, na Espanha. Após 10 anos de experiência em finanças, projetos e empresas no BTG Pactual, realizou sua transição de carreira para o mundo digital. Ocupou posições na Uber e, hoje, é diretora-geral da WeWork no Brasil.

Meu primeiro emprego... Foi no BTG como estagiária no back office de risco e compliance. Alguns anos depois, fiz uma transição para a área de private equity. Foram quase oito anos no Pactual, que foi uma escola muito importante para moldar a forma como trabalho.

O que eu faria diferente... Teria buscado mais equilíbrio e cuidado com minha saúde mental ao longo do caminho. Muitas vezes, priorizei o trabalho em detrimento da minha saúde mental e momentos importantes da minha vida. Hoje, percebo que é possível ter uma alta entrega de resultados sem sacrificar a saúde ou trabalhar excessivamente.

Um erro do qual não esqueço... Muitas vezes duvidei da minha capacidade e não tive a coragem de defender minhas opiniões com firmeza. Eu deveria ter brigado mais por minhas ideias, especialmente quando estava certa. Isso me atrasou em desbloquear meu potencial.

Uma habilidade essencial... Trabalhar com dedicação é fundamental. Com a informação mais acessível do que nunca, estudar, ser curioso e ter uma visão ampla são essenciais para que cada entrega seja feita com a melhor qualidade e maior profundidade possível.

Um conselho para jovens profissionais... Seja curioso e trabalhe duro. Saiba onde quer chegar e procure desenvolver suas habilidades, invista no autoconhecimento. Foque nos seus objetivos e não se distraia ou se compare olhando para os outros. Converse com seus líderes e busque feedbacks: por mais duros que possam parecer, são eles que te ajudarão a identificar os seus pontos fracos.


Dica de carreira

Orientações para seu desenvolvimento pessoal e profissional

Está desmotivado no atual trabalho? Entenda como reconquistar o ânimo:

  • Primeiro, observe os próprios sinais e entenda o porquê da desmotivação ter aparecido;
  • Tenha uma rede de apoio, dentro e fora do trabalho. Se for desabafar com outros colaboradores, seja esperto e não fale com quem você não confia;
  • Procure fazer novas amizades no trabalho, e não necessariamente só com as pessoas que trabalham diretamente com você;
  • Avalie maneiras diferentes de fazer o mesmo trabalho e busque outros processos criativos para fugir da rotina. Vale sondar o chefe para pedir novos desafios;
  • Se você gosta da empresa, experimente pedir para trocar de área;
  • E, por fim, considere mudar de emprego. Mas, a não ser que você esteja em sofrimento agudo, faça essa saída de forma planejada, de preferência com outra oportunidade em vista.

As dicas são de Juliana Seidl, psicóloga e orientadora de carreiras. Leia mais sobre o tema aqui.

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