Nvidia supera US$ 3 trilhões em valor de mercado e ultrapassa Apple

Empresa de chips é avaliada em US$ 3,01 trilhões, pouco à frente dos US$ 3 trilhões da fabricante do iPhone

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Michael Acton Nicholas Megaw
San Francisco e Nova York | Financial Times

O valor de mercado da Nvidia superou os US$ 3 trilhões pela primeira vez nesta quarta-feira (5), ultrapassando a Apple como a segunda maior empresa do mundo, após um ano de crescimento impulsionado pela demanda por seus chips de inteligência artificial.

As ações da fabricante de chips subiram cerca de 5%, com a capitalização de mercado encerrando o dia em US$ 3,01 trilhões, segundo dados da Bloomberg, ligeiramente à frente dos US$ 3 trilhões da Apple.

A fabricante do iPhone perdeu o posto de empresa com o maior valor de mercado do mundo para a Microsoft no início deste ano.

Investidores têm se voltado para as ações da Nvidia à medida que grupos de tecnologia como Google, Microsoft e Meta gastam bilhões de dólares em seus chips, sem indicação de que os gastos diminuirão no futuro próximo.

Os chips da Nvidia estão por trás de modelos de IA que o CEO Jensen Huang afirmou que impulsionarão uma nova "revolução industrial", transformando os negócios globais com recursos que aumentam a produtividade.

A empresa divulgou em maio um balanço com resultados melhores que o esperado, com receitas 262% maiores que no ano anterior, graças em grande parte às vendas de seus chips da geração Hopper. A Nvidia também anunciou um desdobramento de ações de 10 para 1, que entra em vigor em 7 de junho.

Logo da Nvidia - Tyrone Siu/Reuters

A Nvidia sozinha impulsionou mais de um terço dos ganhos do índice S&P 500 neste ano, de acordo com dados da Bloomberg, levantando temores em alguns setores de uma bolha insustentável.

Nesta quarta-feira (5), a empresa foi avaliada em cerca de 42 vezes seus lucros esperados nos próximos 12 meses. Isso é mais que as cerca de 23 vezes no início do ano e bem acima das 29 vezes da Apple —embora isso seja abaixo do pico atingido durante o auge da euforia com IA no ano passado.

Apesar dos movimentos de rivais como AMD e Intel para capturar parte da participação de mercado da Nvidia, ela permanece a líder incontestável na corrida tecnológica global para oferecer o hardware mais avançado para cargas de trabalho de IA cada vez mais exigentes, bem como as ferramentas de software para construir aplicativos com a tecnologia.

Huang apresentou em março a linha Blackwell, e disse que ela geraria "muito" da receita deste ano —mais cedo do que muitos analistas haviam previsto.

E em uma jogada surpreendente na conferência Computex de Taiwan no fim de semana, Huang também apresentou uma prévia da próxima geração de processadores, Rubin, que começará a ser enviada em 2026.

Na próxima segunda-feira (10), a Apple vai realizar sua conferência anual de desenvolvedores (WWDC), na qual o CEO Tim Cook deve apresentar o próprio plano da empresa para integrar recursos de IA generativa em seus produtos.

Até agora, a Apple tem ficado de fora da agitação do mercado em torno da IA generativa que impulsionou as ações de seus concorrentes. As vendas de seus iPhones também estão em queda em relação ao ano anterior, em parte devido à competição com outras marcas na China.

Mas Cook disse estar otimista sobre o futuro da IA, e as ações da Apple também se recuperaram de uma queda no início do ano, com a empresa anunciando uma recompra de ações maior do que o esperado de US$ 110 bilhões em maio.

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