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11/04/2013 - 21h45

Defesa de médica pede exumação de mortos em UTI de Curitiba

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DE CURITIBA

A defesa da médica Virgínia Helena Soares de Souza, denunciada sob acusação de provocar mortes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, pediu à Justiça nesta quinta-feira a exumação dos corpos de pacientes.

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Segundo o advogado Elias Mattar Assad, que defende a médica, o procedimento irá "provar a inexistência de fato criminoso", mostrando que os pacientes morreram devido às doenças que os acometiam, e não por interferência da equipe médica.

A denúncia afirma que Virgínia, ex-chefe da UTI, ordenava a aplicação de bloqueadores neuromusculares ou anestésicos nos pacientes, e então diminuía a quantidade de oxigênio nos respiradores ligados às vítimas, provocando a morte por asfixia.

Segundo a Promotoria, todos esses passos estão registrados nos prontuários médicos e em desacordo com os protocolos a serem seguidos clinicamente.

Para a defesa, porém, não há como provar os crimes, e os procedimentos que estão nos prontuários se fundamentam na literatura médica.

"Todas as pessoas que passaram por aquela UTI e que foram a óbito iriam a óbito em qualquer UTI do mundo", disse Assad. "Elas receberiam exatamente as mesmas medicações, nas exatas doses em que foram ministradas. [Esses medicamentos] são de uso comum."

Andre Rodrigues/Gazeta do Povo/Folhapress
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ANULAÇÕES

Ao entregar a defesa preliminar de Virgínia nesta quinta-feira, o advogado também solicitou a impugnação dos prontuários no processo, por considerar que a defesa não teve acesso aos documentos originais (apreendidos pela polícia), e a anulação das escutas telefônicas que fundamentam o inquérito policial, por terem sido feitas com base em denúncia anônima.

As gravações registram conversas entre Virgínia e os funcionários da UTI, em que a médica diz frases como "quero desentulhar a UTI" ou "a hora que parar de respirar, foi".

Na ação, que corre em segredo de Justiça, Virgínia e outros sete ex-funcionários do hospital respondem por sete mortes. Outras 334 ocorrências estão sob investigação do Ministério Público.

 

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