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20/08/2010 - 16h57

Durante protesto, irmão de Mércia Nakashima diz que família sofre ameaças

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NÁDIA GUERLENDA CABRAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na tarde dessa sexta-feira cerca de 150 manifestantes reuniram-se em frente ao Tribunal de Justiça, no centro de São Paulo, para protestar contra a impunidade e injustiça e lembrar os três meses da morte da advogada Mércia Nakashima, ocorrida há três meses.

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O irmão da advogada, Márcio Nakashima, afirmou que a família tem sofrido ameaças: "Já recebi ligações, já recebi cartas, já recebi avisos em filas de supermercado".

Segundo ele, inicialmente as ameaças visavam interromper as investigações sobre o caso. Agora, Márcio diz que a família é ameaçada de morte caso continue falando com a imprensa. Ele disse que, apesar de ter suspeitas, não pode provar de onde partem as ameaças.

Márcio fez menção ao caso Pimenta Neves, que hoje completa dez anos, como exemplo da impunidade no país e disse temer que o processo sobre a morte da irmã tenha o mesmo desfecho.

Ele também falou que acredita na prisão dos suspeitos do crime após a análise do mérito dos habeas corpus pelos desembargadores do TJ. Atualmente, decisões liminares dadas pela desembargadora Angélica de Almeida garantem a liberdade do advogado Mizael Bispo de Souza e do vigia Evandro Bezerra da Silva, suspeitos do crime.

"Nós é que estamos presos. A Cláudia [irmã de Mércia] também é advogada e tem medo de ir ao fórum, para não encontrar o Mizael". Cláudia e Janete, mãe da vítima, também estavam presentes e demonstravam muita emoção durante o protesto.

CASO

Mércia desapareceu no dia 23 de maio. Seu carro foi encontrado no dia 10 de junho em uma represa em Nazaré Paulista (64 km de SP), após indicação de um homem que viu o veículo ser empurrado enquanto pescava. No dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local.

O ex-namorado da advogada, Mizael Bispo de Souza, é o principal suspeito de ter matado Mércia. Segundo a polícia, ele teria sido ajudado pelo vigia Evandro Bezerra Silva.

Mizael foi acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado. A Justiça acatou as denúncias.

O advogado assistente de acusação, Alexandre de Sá Domingues, afirmou à Folha que o recurso contra os habeas corpus feito pelo Ministério Público deverá ser julgado em duas semanas.

 

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