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27/08/2010 - 13h37

Governo rejeita contraproposta e residentes devem manter greve

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DA AGÊNCIA BRASIL

O Ministério da Educação encaminhou hoje à ANMR (Associação Nacional de Médicos-Residentes) a resposta ao pedido de reajuste da bolsa auxílio da categoria em 28,7% imediatamente e mais 10% em setembro de 2011. A comissão que julga o caso, formada por representantes dos ministérios da Saúde e da Educação e dos conselhos municipais e estaduais de Saúde, não aceitou a proposta apresentada ontem (26).

O governo reiterou a oferta de aumento de 20% a partir de janeiro de 2011, feita na semana passada. "O referido percentual reflete as possibilidades orçamentárias atuais de cada entidade envolvida no financiamento do sistema e [...] constitui uma quantia expressiva, tendo em vista a estabilidade da economia e os reajustes praticados em todos os demais setores", declararam, em ofício, os membros da comissão.

Na nota, o grupo manteve outras propostas, como a licença-paternidade de cinco dias e a elaboração de projeto de lei que garanta a ampliação do período de licença-maternidade de quatro para seis meses.

O MEC informou que novas negociações dependem do fim da greve, quando um grupo de trabalho deverá discutir formas de melhorar as condições de trabalho dos residentes e avaliar outras possibilidades de reajuste da bolsa auxílio. O grupo será composto por membros da Federação das Santas Casas, de médicos-residentes e da atual comissão governamental, de acordo com a Portaria nº 2.352, publicada em 16 de agosto deste ano no "Diário Oficial" da União.

O presidente da ANMR, Nívio Moreira Júnior, criticou a atitude do governo e disse que a categoria pretende continuar com a greve. "Tendo em vista que nós mostramos que estamos abertos ao diálogo, achamos que essa posição é uma forma de intransigência. Vou consultar os representantes dos estados, mas em princípio, a greve está mantida", declarou. Ele disse ainda que deve apresentar ao ministério até segunda-feira (30) um pedido formal de negociação.

Iniciada no último dia 17, a greve tem a adesão de 19.800 médicos-residentes, segundo a associação. Além do reajuste na bolsa auxílio, de R$ 1.916,45 para R$ 2.658,11, a categoria reivindica a extensão do auxílio-moradia e auxílio-alimentação a todo o país --os benefícios são concedidos somente em Brasília--, o aumento da licença-maternidade da residente de quatro para seis meses, o adicional por insalubridade e o décimo-terceiro salário.

Antônio Cruz/ABr
Em protesto, médicos-residentes de Brasília andaram do ambulatório do Hospital de Base do Distrito Federal até o Hospital Regional da Asa Norte
Em protesto, médicos-residentes de Brasília andaram do ambulatório do Hospital de Base até o Hospital Regional da Asa Norte
 

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