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19/10/2010 - 08h09

IBGE paga "bônus" para recenseador que faz serviço extra em área nobre de SP

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EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

O IBGE está recrutando recenseadores que já terminaram o trabalho na periferia de São Paulo para atuar em áreas nobres, onde a coleta de dados está atrasada. Quem aceita o serviço extra recebe uma ajuda de custo que pode chegar a mais de 60% do que ele receberia pelo trabalho.

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Nos distritos do Morumbi, Pinheiros, Itaim Bibi (todos na zona oeste), Moema, Campo Belo (zona sul de SP), onde se concentram muitos condomínios de alto padrão, cerca de 85% dos imóveis foram recenseados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O que atrasa o trabalho nesses distritos, de acordo com o IBGE, é a concentração de condomínios de apartamentos de alto padrão, onde o recenseador tem mais dificuldade de atuar. O prazo final para a coleta dos dados do Censo é no próximo dia 30. Quem não for ouvido até lá não terá os dados contabilizados.

No Brasil, a população recenseada já chegou a 92%. Na capital de SP, o índice é de 89%. A pior situação na região metropolitana é em Barueri, onde há muitos condomínios de casas de alto padrão, que está com de 79% de moradias visitadas.

Os distritos com o trabalho mais avançado são Sapopemba, São Miguel Paulista, Penha (zona leste), Jaraguá (zona norte) e Ipiranga (zona sul). Nesses locais, há mais casas que apartamentos.

Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress

PAGAMENTO

Por setor de cerca de 300 residências, cada recenseador recebe de R$ 800 a R$ 1.000 --o pagamento é por produtividade, não por mês. Para fazer o trabalho extra nos bairros nobres, o recenseador escolhido recebe uma ajuda de custo para transporte de R$ 300 a R$ 500.

Esse pagamento está ocorrendo apenas em São Paulo --em outras cidades não há o "bônus". Mas o IBGE lançou uma campanha nacional pedindo para a população informar caso ainda não tenha recebido a visita do órgão. O telefone é 0800 721 8181.

REFERÊNCIA

O edifício Copan, no centro, é uma referência para o IBGE sobre como a administração do condomínio pode ajudar no recenseamento.

O condomínio distribuiu uma circular aos moradores, colocou avisos nas entradas dos blocos e nos elevadores e os porteiros ajudaram na divulgação. Além disso, o IBGE colou cartazes com as fotos dos recenseadores que trabalhavam ali, a maioria moradora do próprio condomínio, para ajudar na identificação.

"No começo, encontramos resistência. Colocamos a zeladoria à disposição e o pessoal que não queria deixar entrar em casa podia ser entrevistado lá ou na portaria", disse o síndico Afonso Celso Prazeres de Oliveira.

Segundo ele, faltam 16 andares de um dos seis blocos para serem recenseados.

 

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