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Pai de traficante Pezão é preso no Rio de Janeiro
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FABIA PRATES
DO RIO
O pai de Luciano Martiniano da Silva, conhecido como Pezão e acusado de ser líder do tráfico de drogas no Complexo do Alemão (zona norte do Rio de Janeiro), foi detido nesta sexta-feira, sob suspeita de ter um comércio ilegal de GLP (gás de cozinha) na favela. Pezão está foragido.
Leia a cobertura completa das operações
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A polícia chegou até o estabelecimento de Manoel Francisco da Silva, 60, a partir de denúncia de que no endereço havia um comércio ligado ao tráfico de drogas.
Lá, policiais do Bope não encontraram evidências de tráfico, mas 78 botijões de gás, dos quais 73 vazios, e R$ 4.890,00 em dinheiro.
A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) constatou a irregularidade. Silva foi autuado por crime contra a ordem econômica por vender derivado de petróleo sem autorização.
A pena prevista é de um a cinco anos, mas o crime é afiançável. O delegado Leandro Gontijo, da 38ª DP, arbitrou o valor em R$ 5.000, sob argumento de que se ele tinha a quantia no depósito, poderia reunir igual valor para a fiança. O dinheiro e os botijões que o pai de Pezão guardava foram apreendidos.
MAU CAMINHO
Nascido na Paraíba, Silva mudou-se para o Rio há 41 anos. Pezão, mais velho de cinco filhos, nasceu no Alemão. Ele contou que tem chorado e sofrido muito desde que foi identificado como o pai do traficante.
Silva contou que recebe R$ 700 de aposentadoria e que montou o depósito em 2006, para complementar a renda e sustentar a casa na qual vivem a mulher, dois filhos e cinco netos. Dois dos netos que vivem em sua casa, de 17 e 12 anos, são filhos de Pezão.
Segundo Silva, desde os 12 anos o filho mais velho quase não vivia com a família e que, a partir de 17, passou a viver exclusivamente do tráfico. "Às vezes, a mãe ia vê-lo e em menos de 15 minutos ele mandava ela voltar. Ele não queria a gente por perto para não acontecer isso aí. Agora estamos sentindo na pele". Silva aguardava até 21h30 que a família reunisse o dinheiro para cobrir a fiança e sair da delegacia.
O pai de Pezão tentou convencer o filho a mudar de vida, mas não teve jeito. "Ninguém coloca o outro no mau caminho. A pessoa é que escolhe".
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