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17/12/2010 - 00h03

7 em cada 10 assassinatos em SP são banais; ONG lança plano de controle de armas

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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

Com o objetivo de reduzir os homicídios por armas de fogo na cidade de São Paulo, o Instituto Sou da Paz lançou nesta quinta-feira o plano de controle de armas. O relatório feito pela organização, com base em dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública), mostra que de cada 10 assassinatos no município, 7 acontecem por razões banais.

"São mortes por besteiras, briga de casais, de torcida em bar. Por isso a importância do controle das armas de fogo. Se essas pessoas não tivessem uma arma na mão, associadas a drogas, álcool e uma cultura de violência, esses crimes não teriam acontecido", disse Alice Andrés, coordenadora de projetos do instituto.

Ainda segundo o relatório, o Estado de São Paulo registrou queda de cerca de 80% no índice de homicídios nos últimos anos. Em 1999 eram 52,58 homicídios por 100 mil habitantes e, em 2009, esse número foi para 11,25. No entanto, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o índice aceitável é de 10 por 100 mil habitantes.

Do total desses homicídios ocorridos na cidade, segundo o documento, 65,8% é cometido com arma de fogo --ou seja, dois em cada três.

O instituto também mostra que a diferença dos índices de violência de bairro para bairro é grande. No Jardim São Luís, por exemplo, a taxa de homicídio é de 20,4 para cada 100 mil habitantes, enquanto que Moema tem 1,4 homicídios para cada 100 mil habitantes.

"Nosso objetivo é reduzir os homicídios por arma de fogo em São Paulo, tanto com medidas técnicas de controle de armas como com a sensibilização da população. Fazer um maior controle de armas e redução radical dos estoques", afirmou Alice.

De acordo com a coordenadora, entre as ações programadas no plano para 2011 está um estudo que já começou a ser feito pela SSP. "A secretaria vai cruzar os dados de onde tem mais homicídio e onde ocorre as apreensões de armas. O objetivo é pautar a busca e a apreensão da polícia. Também pretendemos garantir a proteção dos arsenais. Padronizar a segurança dos locais que armazenam armas de fogo", explicou Alice.

Além das ações do plano --elaborado e executado em parceria com governo, polícias e outras entidades--, a instituição reforça a importância da campanha do desarmamento, que é permanente. "Queremos que as pessoas não tenham armas em casa".

 

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