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01/02/2011 - 19h29

Alagoas tem terceira morte de preso em três dias

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SÍLVIA FREIRE
FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO

Um detento foi morto nesta terça-feira dentro do presídio Cyridião Durval, em Maceió (AL). É o terceiro caso de assassinato de presos no Estado no período de três dias.

AL afasta direção de presídio onde 2 foram assassinados

A Intendência do Sistema Penitenciário do Estado ainda não tinha informação sobre as circunstância da morte nem a identidade do preso. O presídio Cyridião Durval tem capacidade para 379 presos a abriga 627. A unidade é de segurança média e abriga tanto presos condenados como temporários.

No domingo passado, dois presos foram mortos dentro de uma cela da enfermaria do presídio Baldomero Cavalcanti, localizado no mesmo complexo. A cela estava trancada por fora por dois cadeados.

Hoje, o governo de Alagoas afastou três diretores do Baldomero Cavalcanti em decorrência das mortes.

Para o advogado Everaldo Patriota, integrante do Conselho Estadual dos Direitos Humanos de Alagoas, o afastamento dos envolvidos é praxe, mas não é o suficiente. "A investigação criminal está em curso, mas isso, por si só, não resulta apontar culpados nem responsabilizá-los", diz.

Para ele é fundamental investigar a participação dos agentes públicos nos crime. "Responsabilizar [outros] presos é trivial, o feijão com arroz".

CRISE

A morte dos presos aconteceu em sequência a uma greve dos agentes penitenciários do Estado, que durou duas semanas. Neste período, os presos ficaram sem banho de sol e sem receber visitas. Pelos menos dois princípios de rebelião ocorreram durante a paralisação.

Na semana passada, o Ministério Público abriu uma investigação para saber se presos haviam sido torturados no mesmo presídio, no princípio de rebelião do dia 21.

A Promotoria também investiga se equipes de saúde foram proibidas de entrar no local para cuidar de doentes e feridos durante a greve. As denúncias foram feitas por familiares dos detentos.

 

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