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31/07/2011 - 15h17

Corpos de brasileiros mortos no Peru são enviados ao Brasil

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DA AGÊNCIA BRASIL

Os corpos dos dois brasileiros da empresa Leme Engenharia, encontrados mortos no norte do Peru na última quarta-feira passada, foram enviados ao Brasil na madrugada deste domingo. As famílias, que moram em Minas Gerais e São Paulo, ainda aguardam o resultado dos exames toxicológicos para saber a causa da morte do geólogo Mário Guedes e do engenheiro Mário Bittencourt.

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A primeira autópsia feita pela polícia peruana foi inconclusiva. O embaixador do Brasil no país, Carlos Alfredo Lazary Teixeira, recebeu no sábado (30) as primeiras informações sobre o inquérito aberto pela polícia do Peru, que tomou o depoimento das pessoas que estiveram com os dois brasileiros antes da prospecção de campo que os dois foram fazer quando desapareceram.

Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador contou que ambos foram vistos pela última vez na última segunda-feira (25), na hora do almoço. Eles tinham saído para fazer um trabalho de campo, para ver onde seria o melhor lugar para construir uma hidrelétrica no Rio Marañón. A empresa Leme Engenharia foi subcontratada pela empresa peruana SIZ para fazer a prospecção.

"Quando escureceu e eles não apareciam, foi dado o alerta e começaram as buscas", disse Lazary. Os dois corpos foram encontrados na manhã de quarta-feira (27) no mesmo dia em que a presidenta Dilma Rousseff desembarcava em Lima para assistir à posse do novo presidente do Peru, Ollanta Humala.

Segundo informações da polícia, um dos corpos foi achado a 40 metros da estrada principal e o outro, a um quilômetro de distância. Tudo indica que um dos brasileiros passou mal e caiu e o segundo continuou caminhando, provavelmente para pedir ajuda.

A autópsia revelou que não havia qualquer sinal de violência e que os dois tinham um edema no pulmão e outro no cérebro. A imprensa e médicos locais especulam que os brasileiros morreram de uma parada cardiorrespiratória, possivelmente provocada por envenenamento. O certo é que não houve roubo, já que os pertences do geólogo e do engenheiro, como carteira, celular e câmara fotográfica estavam junto aos corpos.

Perto do local onde foram encontrados os corpos houve, há dois anos, uma revolta indígena contra uma lei que permitia a expropriação de suas terras, se fosse de interesse nacional. A polícia reprimiu o protesto e vários policiais foram mortos alguns deles degolados. No Peru, existe muita resistência, por parte da população nativa, a grandes projetos das áreas de mineração e energia que são realizados sem consulta prévia e colocando em risco o meio ambiente ou a propriedade das terras indígenas. Daí, a especulação sobre o possível envenenamento intencional dos dois brasileiros.

Mas tanto a polícia quanto a Embaixada do Brasil evitaram qualquer especulação sobre a morte dos brasileiros. Eles preferem esperar os resultados dos exames de laboratório e do inquérito. As famílias e a empresa colocaram seu próprio advogado para acompanhar as investigações. "Vamos acompanhar o inquérito até que seja tudo esclarecido", disse o embaixador Lazary Teixeira.

 

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