Região de Ribeirão Preto tem 15 casos de H1N1, com 4 mortes
A região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) teve 15 casos de gripe H1N1 confirmados em sete cidades neste ano. Quatro pessoas morreram.
A situação fica mais crítica com os sete casos --com duas mortes-- em Uberaba (MG), que inclusive atendeu um paciente de Igarapava (446 km de São Paulo).
A morte mais recente envolvendo a região e o Triângulo Mineiro aconteceu nesta quinta-feira (6), justamente em Uberaba. A vítima, uma mulher de 56 anos, estava internada no Hospital de Clínicas da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro).
Em maio, uma mulher de 32 anos morreu. A confirmação de H1N1 ocorreu nesta semana. A Secretaria da Saúde investiga ainda a morte de uma idosa de 95 anos.
Edson Silva/Folhapress | ||
Auxiliar de enfermagem aplica vacina em paciente na UBDS Central, em Ribeirão Preto |
Na região de Ribeirão, uma mulher de 63 anos morreu na última quarta em Monte Alto (356 km de São Paulo).
De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica e Sanitária da cidade, Kellem Teixeira Rouellas, a vítima não havia tomado a vacina contra a gripe.
Dois meses antes, um homem de 38 anos que sofria de hipertensão e obesidade morreu ao contrair a gripe. Ele também não foi vacinado.
O professor da divisão de moléstias infecciosas e tropicais do departamento de clínica médica da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP, Valdes Roberto Bollela, disse que a maior parte dos óbitos nos anos anteriores por causa da H1N1 envolveu pessoas pertencentes aos grupos de risco que não tinham tomado a vacina.
No Estado, 623 mil doses da vacina foram aplicadas em moradores da região de Ribeirão até o dia 3. A campanha foi prorrogada até o dia 15 e especialistas indicam cuidados para evitar contaminação.
As outras duas mortes da região foram registradas em Serrana (313 km de São Paulo).
A Secretaria da Saúde investiga se um homem de 33 anos, que morreu por causa da influenza A, tinha algum problema de saúde.
De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Glenda Renata de Moraes, o exame confirmou a morte por H1N1, mas ainda não se sabe se ele tinha alguma outra doença.
A primeira vítima no município foi uma mulher de 53 anos, que fazia acompanhamento neurológico. "A vítima vivia na cama e a família não comunicou o município para aplicar a vacina da gripe na casa dela", disse.
Embora não tenha casos confirmados de morte, Ribeirão é a cidade com o maior número de confirmações da doença na região --seis.
Os outros casos ocorreram em São Carlos (232 km de São Paulo), Franca (400 km), Barretos (423 km) e Sertãozinho (333).
RISCO
Além dos óbitos em Minas, a Secretaria da Saúde de Uberaba informou que houve diagnóstico de H1N1 de uma gestante internada no Hospital de Clínicas da UFTM.
O parto já foi realizado, mas mãe e bebê permanecem em tratamento.
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