Usuários perdem 27 postos de recarga para transporte em Ribeirão Preto
Enquanto a Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estuda projetos para retirar o dinheiro dos ônibus, usuários do transporte público já perderam ao menos 27 pontos de recarga espalhados pela cidade.
O número representa mais de 10% em relação aos 250 postos que a prefeitura diz existir no município.
O problema ocorre por uma falta de acordo entre comerciantes que têm as máquinas de recarga e o Pró-Urbano, consórcio que opera o transporte coletivo na cidade.
A falta de equipamentos prejudica os usuários que buscam os postos. A situação é pior para quem faz a integração, já que, com a falta de créditos no cartão, essas pessoas são obrigadas a pagar em dinheiro e, com isso, os bilhetes saem mais caros.
A funcionária pública Márcia Helena Sabbag, 56, é uma das usuárias prejudicadas. Ela recarregava o cartão em uma drogaria no centro --perto de onde trabalha.
No entanto, há duas semanas buscou pelo serviço e não o encontrou. Procurou outro local, sem sucesso. "A população sempre sofre. As pessoas que trabalham tinham que contar com esse serviço fora do horário comercial."
Edson Silva/Folhapress | ||
Máquina de recarga de cartão de ônibus em estabelecimento comercial que pediu a retirada do equipamento, em Ribeirão |
Uma lanchonete localizada em frente ao terminal da catedral deixou de oferecer o serviço há três meses. O ponto estratégico facilitava a vida de usuários como o agente de segurança Wando Augusto Zanella, 55.
O comerciante Jorcelino Júnior de Oliveira, 26, disse que houve diminuição da comissão de venda oferecida pela empresa Pró-Urbano --caiu de 3% para 0,6%.
Já farmacêutico Jacson Luís Zanin, 38, afirmou que, além da diminuição na comissão, há muita burocracia. "Eu tinha que ir ao banco todos os dias para depositar o dinheiro que entrava [com a recarga]."
Zanin disse que solicitou o cancelamento do cadastro e a retirada da máquina de seu estabelecimento há pelo menos dois meses.
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