De volta a São Carlos (SP), macaca polêmica vai continuar a ser chamada de Chico
Depois de ficar 16 dias longe de casa, a macaca-prego que gerou revolta de internautas e até virou notícia internacional voltou para São Carlos (232 km de São Paulo) nesta segunda-feira (19) e vai continuar a ser chamada de Chico.
A família Carmona, que a criou por 37 anos no interior paulista, acreditava que o bicho fosse um macho. Só depois de o animal ser retirado da casa em São Carlos no começo de agosto por supostos maus-tratos, descobriu-se que se tratava de uma fêmea.
De volta à sua casa por meio de uma liminar da Justiça, a macaca vai ter agora um local apropriado para morar e uma alimentação balanceada.
De acordo com o aposentado Everaldo Furnan, 43, um empresário vai doar a tela para a construção de uma jaula adequada, com direito a balanço de pneu e cordas para ela brincar.
Furnan é filho de Elizete Farias Carmona, 71, que criou o bicho por 37 anos e se intitula a mãe dele. Segundo ele, a macaca já viu três gerações da família após ser doada por um caminhoneiro.
Ele relatou que sua mãe recebeu o bicho com emoção. Sem ele, a também aposentada passou mal e chegou a medicação em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
"Quando a macaca chegou, o Chico já pulou no colo da minha mãe, alisou seus cabelos e a beijou. Foi emocionante."
Reprodução/EPTV | ||
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A aposentada Elizete Farias Carmona segura a macaca Chico, que ficou 16 dias longe de sua casa, em São Carlos (SP) |
Enquanto esteve longe dos Carmona, Chico ficou no abrigo de animais silvestres da ONG Apass em Assis (434 km de SP), onde chegou a ser chamada de Carla, nome recusado pela família.
Na primeira noite em São Carlos, após ser devolvido por volta das 23h, o animal dormiu no quarto, acordou cedo e não perdeu o hábito da bagunça.
"[De manhã], ela já estava apertando a minha pasta de dente e jogando as cobertas para o chão", disse o aposentado ao afirmar que ficou satisfeito que o animal se readaptou à casa.
DENÚNCIA
Chico foi retirado da casa da família pela Polícia Militar Ambiental por ordem do Ministério Público Estadual. Ele foi encontrado preso a uma coleira atada a uma corrente de um metro de extensão.
A ONG Apass avaliou a macaca abaixo do peso com atrofia nas patas pela deficiência de cálcio.
Colaborou Martha Alves, de São Paulo
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