Servidores pedem troca do comando da Guarda Municipal de Ribeirão Preto
Cerca de 60 guardas municipais se reuniram nesta terça-feira (29) na Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) para pedir a troca do comando da corporação.
A reivindicação surge uma semana após o superintendente André Luiz Tavares abrir uma sindicância para apurar a conduta de dois guardas que trabalhavam na garagem da corporação quando um carro foi incendiado.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Servidores, Wagner Rodrigues, "o superintendente está à procura de um bode expiatório".
Os servidores dizem que a invasão do prédio da guarda revela falta de segurança no local e não erro na atuação dos guardas. "O local era uma escola, ou seja, foi construído para o fácil acesso das pessoas. Falta segurança para a própria base, os servidores apontam que há ineficiência do comando para a organização operacional", disse Rodrigues.
O superintendente rebateu as críticas e, apesar de afirmar que não considera o prédio inadequado, admitiu a necessidade de melhorar a estrutura do local. "Não vamos passar a mão na cabeça de quem trabalha errado. Para quem trabalha certo: todos os méritos. Para quem trabalha errado: nossa corregedoria irá apurar", afirmou.
O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, pediu aos servidores que formalizassem as reivindicações, por meio de um ofício, para que sejam discutidas com o comando da corporação. "O assunto principal (das reivindicações) se refere à estrutura da guarda. Nós vamos ouvi-las primeiro para depois ingressar em opiniões sobre quem deve ou não estar no comando".
COLETES E ARMAMENTO
O diretor do sindicato apontou que os servidores também reclamam dos equipamentos disponíveis para sua segurança. De acordo com Rodrigues, os guardas relatam que alguns coletes à prova de balas estariam fora do prazo de validade e com remendos.
O superintendente da guarda negou que haja problema nos coletes ou em qualquer equipamento dos servidores. "Quando assumi [a superintendência da corporação] havia um déficit de 93 armas, hoje sobram sete".
Os servidores também apontaram a necessidade de uma melhor organização na distribuição dos 223 guardas que atuam na cidade.
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