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Ribeirão Preto
Empórios se expandem em Ribeirão Preto (SP) com produtos de grife
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FELIPE AMORIM
DE RIBEIRÃO PRETO
Talvez você não prepare mais que ovo frito ou não tenha treinado o paladar para distinguir uma cerveja pilsen e uma pale ale (tipo de cerveja com alta fermentação). Mas se um dia quiser comprar trufas italianas, sal rosa do Himalaia ou um vinho especial de excelente safra, não será preciso procurar muito em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
A cidade recebeu, nos últimos 12 meses, ao menos sete empórios, tipo de reedição requintada das antigas mercearias. O comércio aposta em bebidas e produtos importados para atrair os clientes. Há ainda uma oitava loja do ramo para ser aberta até o final deste ano --o Santa Therezinha, no shopping Iguatemi.
Os donos dos empórios apontam como razões para a expansão do setor o aumento no poder de compra do brasileiro e maior conhecimento do público sobre produtos importados e de qualidade.
Segundo eles, isso foi proporcionado em parte pela abertura da economia nos anos 1990, pela disseminação do uso da internet e do acesso aos meios de comunicação disponíveis.
"Hoje o cliente até prefere consumir menos, mas com melhor qualidade", diz Jair Landim Merchan, 57, gerente do Emporium Fiúsa, aberto há dois meses.
Edson Silva/Folhapress | ||
O empresário Eduardo Dotto, no empório Bonami, onde ele é sócio; Ribeirão Preto ganhou sete estabelecimentos do tipo em um ano |
Ele diz que o público dos empórios busca novidade. Merchan aponta para a pilha de espumantes importados da Itália, expostos na entrada da loja. "Acabaram de chegar. Vendemos todo o primeiro lote", diz. "A loja tem de sempre buscar novidades. É o que dá continuidade ao negócio."
PODER DE COMPRA
Ribeirão é apontada como cidade com poder de compra maior que a média brasileira. A cidade possui um PIB per capita (o total de riquezas produzidas na cidade dividido pelo número de habitantes) de R$ 28.100, contra R$ 19.509 da média nacional, segundo os dados mais atuais do IBGE, do Censo de 2010.
"A cidade é um centro comercial. Muita gente das cidades vizinhas vem comprar aqui", afirma Merchan.
"Em Ribeirão, o público está ficando mais exigente. Gostando de produtos melhores", diz o empresário Eduardo Dotto, 39, um dos sócios do empório Bonami.
Na avaliação do economista Fred Guimarães, da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), a sobrevivência dos empórios está ligada à capacidade de consumo local.
"Acredito que haja uma probabilidade maior de um negócio dessa natureza dar certo em uma economia de consumo cerca de 40% superior à média brasileira", afirma.
SERVIÇO
Contatos dos novos empórios: Don Camilo (0/xx/16 3236-1783); Mr Beer (0/xx/16 3329-2753, na rua do Professor, e 3913-2995, no shopping Iguatemi); Santa Cruz (0/xx/16 3916-3836); Fiúsa (0/xx/16 3329-9881); Buon Giorno (0/xx/16 3625-8999); e Bonami (0/xx/16 3289-6069)
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