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Ribeirão Preto

10/11/2013 - 02h50

Maria-fumaça volta a fazer parte da vida de cidades do interior de SP

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FELIPE AMORIM
DE RIBEIRÃO PRETO

As locomotivas que um dia foram símbolo do progresso no interior paulista deverão voltar à paisagem da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), mas agora dando ritmo ao turismo cultural.

Dois projetos, um em São Carlos, outro ligando Sertãozinho a Pontal, pretendem resgatar o passado ferroviário das cidades e criar linhas turísticas de passageiros.

A ideia é unir o apelo saudosista das viagens de trem à diversão de um passeio pelo interior do Estado, rico em informações históricas.

O Brasil possui 33 trens turísticos, 15 deles circulando por São Paulo. Há projetos para outras duas ferrovias turísticas no Estado, com as linhas São Roque-Mairinque e Araçatuba-Birigui.

As prefeituras de Sertãozinho, Pontal e São Carlos trabalham para finalizar os projetos buscar financiamento.

Edson Silva/Folhapress
Maria-fumaça que está sendo reformada na estação ferroviária de São Carlos
Maria-fumaça que está sendo reformada na estação ferroviária de São Carlos

Como opções, há desde o patrocínio de empresas por meio da Lei Rouanet até o pedido de verbas ao Ministério do Turismo. A meta é colocar os trens para rodar até 2015.

Em São Carlos, a proposta é restaurar uma locomotiva a vapor do fim do século 19, hoje em exposição na estação ferroviária, e construir 1,7 quilômetro de ferrovia.

Ela partirá de uma propriedade rural às margens da rodovia Washington Luís e irá até a antiga estação do Pinhal, a três quilômetros da Casa do Pinhal, fazenda que abriga um memorial sobre a fase áurea do café no Estado.

A restauração da locomotiva e a implantação dos trilhos custariam R$ 6 milhões, segundo Geraldo Godoy, consultor da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), que presta consultoria ao projeto.

Já a ferrovia que quer ligar Sertãozinho a Pontal irá encontrar 90% dos trilhos preservados. A conservação do trecho, sem uso desde a década de 1970, era uma contrapartida exigida pela FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que operava o trecho.

O desafio agora é achar uma maria-fumaça, apelido das locomotivas a vapor.

O diretor do departamento de cultura e turismo da Prefeitura de Sertãozinho, João André da Rocha, disse que há negociações para adquirir um exemplar do trem.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a FCA, segundo Rocha, cederam vagões e uma locomotiva a diesel. O restauro dos equipamentos custaria R$ 1,5 milhão.

Ele disse não ter estimado ainda os custos para a preparação da linha e das estações.

O consultor da ABPF defende as antigas marias-fumaças. "São um patrimônio histórico, que representa o início das ferrovias no mundo todo."

Edson Silva /Folhapress
Antiga estação ferroviária Francisco Schmidt, na fazenda Vassoural, em Pontal, na região de Ribeirão Preto
Antiga estação ferroviária Francisco Schmidt, na fazenda Vassoural, em Pontal, na região de Ribeirão Preto
 

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