Presépios e artesãos mantêm tradição na região de Ribeirão Preto (SP)
A história do nascimento de Jesus Cristo ganha diferentes versões nas mãos dos artesãos das cidades da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Com diversos materiais, tamanhos e formatos, os artistas mantêm a tradição e criam imagens de Maria, de José, dos três Reis Magos e dos animais que presenciaram o nascimento do menino Jesus.
Conta-se que são Francisco, em 1223, teria tido a ideia de representar o nascimento de Jesus ao ouvir a leitura de um trecho de um Evangelho de Lucas. Desde então, a tradição se espalhou.
Há 32 anos morando em São Carlos, a artista plástica Maria Eugênia Pinochet, 65, trouxe do Chile o costume de montar presépios. Ela conta que lá a montagem da cena do nascimento de Jesus é mais importante do que a da árvore de Natal.
"Nós montávamos no começo de dezembro e todos os dias dávamos um presente para o menino Jesus: uma fruta, um biscoito, assim como fizeram os Reis Magos."
Desde que veio para o Brasil, a artista aproveitou a tradição para vender as peças. Seus presépios são de cerâmica e a cada ano Maria Eugênia cria uma nova versão.
A tradição de família também virou uma fonte de renda para a artesã Ângela Maria de Cássia, 52. Há oito anos ela faz presépios com concreto celular, material usado em construção civil.
As peças feitas por encomenda custam entre R$ 200 e R$ 600, e a artesã, em média, consegue uma renda extra de R$ 1.500 em dezembro com o trabalho.
A agente social Leonilde Mukoyama, 56, ensina moradores de rua a fazer presépios com o bagaço da cana. A atividade, segundo ela, ajuda no relacionamento com eles.
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