Mortalidade infantil cai menos na região de Ribeirão Preto (SP)
Em 12 anos, a taxa de mortalidade infantil na microrregião de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), que inclui 26 municípios, apresentou a segunda menor queda na comparação com outras regiões do Estado.
Entre 2000 e 2012 a redução foi de 25%, de acordo com dados da Fundação Seade divulgados nesta quarta-feira (18). A taxa passou de 13,67 óbitos em cada mil nascidos vivos de até um ano de idade para 10,29.
Ribeirão ficou atrás apenas da região de Piracicaba, que teve redução de 16% no período (de 14,30 para 11,92).
De acordo com Antônio Marangone, analista de projetos da fundação, as perinatais --relacionadas a problemas na gravidez, no parto e no nascimento --e as malformações congênitas são as maiores causas dos óbitos.
No ano passado, a região de Ribeirão registrou 187 mortes, das quais 125 foram perinatais e 33 por malformação.
Outras dez foram por doenças no aparelho respiratório e cinco por doenças infecciosas, segundo Marangone. Houve ainda 14 óbitos provocados por outros problemas.
"É preciso identificar porque as crianças estão nascendo com baixo peso e focar em ações específicas", disse.
De acordo com a médica Rita Pinelli, coordenadora da UTI Neonatal da Maternidade Sinhá Junqueira e membro do Comitê de Mortalidade Materno Infantil de Ribeirão, a cidade recebe pacientes de todo o país, fazendo com que os dados inchem.
O secretário da Saúde de Ribeirão, Stenio Miranda, confirmou que é preciso diminuir o índice e disse que o adequado é de 4 a 5 óbitos por mil nascidos vivos.
"Atualmente vivemos um período de transição. Os índices serão superados no futuro", afirmou. Na cidade de Ribeirão, a taxa é de 8,9 --uma redução em relação a 2011, quando foi de 9,8.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que os diretores dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) não iriam se manifestar sobre os dados divulgados.
REDUÇÃO
A microrregião de Franca (400 km de São Paulo), que engloba 23 cidades, foi a que mais apresentou queda no índice durante o período, passando de 19,14 para 8,2, --redução de 57%.
De acordo com a secretária da Saúde de Franca, Rosane Alonso, ações direcionadas às gestantes e a ampliação dos leitos de UTI foram determinantes para a redução da taxa na região.
Segundo dados do Seade, em 2012 foram 39 óbitos de crianças de até um ano na cidade de Franca. Em toda a região, foram 72, das quais 39 por perinatal e 16 por malformação congênita.
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