Sem repasse de verbas, Câmara de Restinga (SP) fecha
Com um impasse entre prefeitura e vereadores, Restinga (389 km de São Paulo) ficou sem Orçamento aprovado para este ano, o que resultou no acúmulo de dívidas e no fechamento da Câmara.
De acordo com o prefeito Paulo Pitt (DEM), não há como pagar as contas deste ano e a dívida já soma R$ 300 mil. O Orçamento do município é de R$ 26 milhões.
A Câmara está fechada desde terça-feira (21) por não ter recebido a verba mensal de R$ 66,5 mil.
O vereador Fernando Costa (PSB), que era presidente da Casa no ano passado e assumiu interinamente a prefeitura por 52 dias, disse que a Câmara foi fechada para evitar mais prejuízos.
"Nós, vereadores e funcionários, estamos sem receber e as contas estão atrasadas. Nosso repasse é feito sempre no dia 20", disse Costa.
No ano passado, em um intervalo de cinco meses, ocorreram cinco trocas de prefeito na cidade.
A crise teve início em abril, após Pitt ser investigado pela Câmara, sob suspeita de ter cometido 20 irregularidades. Entre elas, a manutenção de funcionários-fantasmas, desvio de dinheiro e contratação de serviços sem licitação.
Pitt reassumiu a prefeitura em dezembro e disse que enviou duas vezes o Orçamento para a Câmara. As duas peças foram recusadas –sem justificativa, segundo ele.
O Orçamento foi rejeitado pelos vereadores por haver desacordo com as diretrizes municipais, segundo Costa.
O prefeito disse que pretende, por meio de um decreto, trabalhar com o Orçamento do ano passado. "Fecharam a Câmara para causar impacto político. Estão comprometendo a cidade", disse Pitt.
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