Polícia descarta que homem tenha furtado bilhete premiado da Mega-Sena do irmão
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) descartou nesta quinta-feira (6) que um irmão tenha furtado do outro um bilhete premiado da Mega-Sena.
A investigação policial recebeu informações da Caixa Econômica Federal sobre o concurso 1.530, sorteado em 14 de setembro do ano passado, que divergem das declarações do denunciante.
José Agostinho dos Santos, 40, acusou o irmão, Rogério Agostinho dos Santos, 37, de ter furtado um bilhete premiado de R$ 7,8 milhões da Mega-Sena.
José registrou um boletim de ocorrência em que ele afirmou que o irmão entrou em seu quarto e pegou o bilhete.
Por questões de segurança, a Caixa não divulga os nomes dos ganhadores da Mega-Sena, mas forneceu outros detalhes à polícia sobre a aposta premiada.
De acordo com o delegado Samuel Zanferdini, as informações sobre dia e hora da aposta vencedora foram diferentes das informadas por José à polícia.
José disse à polícia que jogou na modalidade "teimosinha" –que repete os mesmos números em diferentes concursos da Mega– em 11 de setembro.
No entanto, de acordo com a informação passada à polícia, a aposta ganhadora foi simples e feita no dia 12, segundo Zanferdini.
"Com isso, ficou descartado que ele poderia ter o bilhete premiado", afirmou o delegado.
De acordo com Zanferdini, no entanto, o caso ainda não está encerrado. Ele disse aguardar o laudo de uma gravação feita por José e entregue à polícia.
Na gravação, o irmão acusado falaria sobre o que faria se tivesse o bilhete premiado.
O delegado disse que José corre o risco de ser incriminado por denunciação caluniosa –quando uma falsa acusação é passada à polícia.
O advogado de Rogério, Daniel Rondi, disse que a relação entre os irmãos continua abalada por causa da acusação.
O advogado disse ainda que Rogério poderá buscar na Justiça uma reparação por danos morais assim que o caso for concluído. No entanto, ele não descarta um desfecho amigável.
"Como se trata de um irmão isso vai depender muito mais da postura do que uma ação judicial", disse.
A Folha não conseguiu ouvir José nesta quinta-feira.
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