Atrativa, graduação a distância retoma crescimento na região de Ribeirão Preto
Enquanto o número de alunos matriculados em cursos de ensino superior presenciais cresceu 8,9%, as matrículas em cursos a distância aumentou 67% em quatro anos na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Só em 2012, o aumento de matrículas em cursos de ensino superior foi de 24% sobre o ano anterior, que registrou alta de 6,7%.
Em 2009, a região tinha 3.989 alunos em cursos a distância. Em 2012, o número passou para 6.661 matriculados, segundo dados do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo).
Rodrigo Capelato, diretor executivo do sindicato, disse que o cenário de aumento na procura e o potencial de crescimento desses cursos impulsionou o mercado educacional na região.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Em maio de 2013, a empresa Cruzeiro do Sul, proprietária de cinco instituições de ensino no país, comprou a Unifran (Universidade de Franca), conhecida pelos cursos a distância. O valor da compra foi estimado em R$ 120 milhões.
O grupo Estácio também comprou a Uniseb, de Ribeirão Preto, que tem 16 cursos na modalidade a distância.
"Ainda há muito espaço para os cursos a distância. Na região, temos 175 mil trabalhadores com carteira assinada entre 25 e 30 anos que têm apenas ensino médio. Eles têm o perfil dos alunos desses cursos", disse Capelato.
O pró-reitor da Cruzeiro do Sul, Carlos Fernando Araújo, disse que um dos principais objetivos do grupo educacional nos próximos anos é aumentar os investimentos nos cursos a distância da Unifran.
"Quem quer crescer tem que investir na educação a distância, a educação presencial é muito mais custosa", disse Araújo. Do total de matrículas no ensino superior público e privado da região, o ensino a distância representa 13,5%, segundo os dados.
PERFIL
O aluno que procura os cursos de graduação à distância, em geral, tem entre 25 e 30 anos e já está inserido no mercado de trabalho, segundo o levantamento do Semesp.
"É um aluno que quer ascender no mercado, mas não tem tempo e vontade de investir em um curso presencial", disse o diretor executivo do sindicato, Rodrigo Capelato.
A grande presença de indústrias de alta tecnologia na região de Ribeirão Preto, segundo o representante da instituição, é um dos fatores que também impulsiona a procura pela graduação à distância.
"Essas empresas têm vagas abertas e oferecem boa remuneração, mas os candidatos a essas vagas precisam ser pessoas qualificadas", disse o diretor.
De acordo com Capelato, a atividade econômica de um município interfere na educação local.
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